Friday, March 30, 2007

En artículo publicado en el periódico The Guardian activista ambiental asegura que biocombustibles constituyen un fraude
Por: Agencia Bolivariana de Noticias (ABN)
Fecha de publicación: 27/03/07

Caracas, 27 Mar, ABN.- En un artículo publicado este martes en el periódico británico The Guardian, el periodista y activista ambiental George Monbiot afirmó que utilizar biocombustibles como el etanol para combatir el calentamiento global constituye un fraude.

«Si queremos salvar el planeta, necesitamos aplazar por cinco años los proyectos relacionados con los biocombustibles», expresó el periodista alertando sobre el peligro de que, como consecuencia, se produzcan «desastres ambientales y humanitarios».

«En 2004, yo alertaba que los biocombustibles establecerían una competencia entre los automóviles y las personas. Las personas, inevitablemente perderían: aquellos que pueden pagar para conducir un vehículo son más ricos que aquellos que están al borde del hambre», escribió Monbiot.

El artículo del diario The Guardian constituye un otra manifestación de quienes como el presidente de Venezuela, Hugo Chávez Frías, han alertado sobre la inconveniencia de desarrollar el etanol para producir combustibles.

Recientemente, el Presidente cuestionó el proyecto del etanol, porque se prestaría para la utilización de las tierras fértiles disponibles, agua, tecnología, maquinaria y fertilizantes, para producir alimentos, pero «no para la gente, sino para los vehículos de los ricos».

Fonte: Aporrea
Productores (norteamericanos) de etanol señalan que Brasil no podrá ayudar a cumplir meta
Por: Agencia Bolivariana de Noticias (ABN)
Fecha de publicación: 29/03/07

Caracas, 29 Mar. ABN.- Productores norteamericanos de etanol consideran que Brasil no será capaz de ayudar a Estados Unidos a cumplir la meta de substituir 20% del consumo de gasolina por etanol en el plazo de 10 años, informó la Agencia Brasil en un despacho desde Washington.

El despacho señala: «Los mismos productores norteamericanos estiman que su país tampoco será capaz de atender la demanda interna, que será de más de 130 millardos de litros por año».

La afirmación fue hecha por Brian Jennings, vicepresidente ejecutivo de la American Coalition for Ethanol (ACE), asociación que reúne a la mitad de unos 120 productores norteamericanos de etanol.

«Ciertamente, Brasil tiene capacidad para producir más etanol, pero las demandas de ese producto en EEUU son muy fuertes. Y, actualmente, Brasil no tiene una cantidad significativa de producción excedente para satisfacer la demanda de los Estados Unidos», afirmó Jennings.

El vocero de ACE agregó que sería un error creer que Brasil fuese capaz de satisfacer simultáneamente las demandas tanto de su mercado interno como de Estados Unidos.

En entrevista concedida por teléfono desde su oficina en Dakota del Sur, Jennings afirmó que Estados Unidos produce actualmente 5 millardos de galones (22 millardos de litros) de biocombustible a partir de maíz.

Para Jennings, aunque estén en capacidad de producir más, nunca sería lo suficiente como para suplir la demanda interna. Por eso, los productores norteamericanos están apostando a la fabricación del llamado «etanol celulósico», obtenido a partir de la celulosa proveniente de los residuos de la agricultura.

Fonte: Aporrea
Daniel Ortega opuesto también a convertir alimentos en combustible
Por: Prensa Latina (PL)
Fecha de publicación: 30/03/07

Managua, 30 mar (PL) El presidente de Nicaragua, Daniel Ortega, coincidió con su homólogo cubano, Fidel Castro, en que la fabricación a gran escala de etanol como combustible atenta contra la producción de alimentos para la humanidad.

Como líderes políticos hemos coincidido en este planteamiento, afirmó anoche el líder sandinista, al ser interrogado sobre un artículo publicado por el estadista cubano, en el cual alerta sobre los peligros de convertir alimentos en combustible.

Aquí el problema de fondo no es si (utilizamos) etanol o petróleo, sino tomar en cuenta que en primer lugar la Tierra está para crear alimentos, no para alimentar a los vehículos, agregó el mandatario nicaragüense.

En opinión de Ortega, la causa fundamental del impulso dado en los últimos meses a la producción masiva de biocombustibles, en particular por el presidente estadounidense, George W. Bush, radica en que el mundo capitalista se encuentra bajo los dictados del consumismo.

La gran batalla a librar es contra la lógica impuesta por el capitalismo de acumular capital, sin tener en cuenta a los pueblos que están sufriendo hambre, alertó.

En su artículo de la víspera, el Presidente cubano calificó de siniestra la idea de Bush, la cual, dijo, condenaría a una muerte prematura a más de tres mil millones de personas.

Pienso que reducir y además reciclar todos los motores que consumen electricidad y combustible es una necesidad elemental y urgente de toda la humanidad, aseveró Fidel Castro, cuyo artículo tuvo una inmediata repercusión a nivel mundial.

De acuerdo con el máximo líder de la Revolución Cubana, la tragedia no consiste en reducir esos gastos de energía, sino en la idea de convertir los alimentos en combustible.

Al igual que el Presidente cubano, Ortega consideró que de invadirse los campos con sembrados de caña de azúcar y maíz para producir combustible, "se estaría atentando contra la especie humana".

Fonte: Aporrea
Mais de três bilhões de pessoas condenadas a morrer precocemente de fome e de sede

Não é uma cifra exagerada; mas sim cautelosa. Meditei muito nisso depois da reunião do presidente Bush com os fabricantes norte-americanos de automóveis.

A idéia funesta de converter os alimentos em combustível ficou definitivamente estabelecida como linha econômica da política exterior dos Estados Unidos na segunda-feira, 26 de março.

Uma informação da AP, agência de informação norte-americana que chega a todos os cantos do mundo, diz textualmente:

"WASHINGTON, 26 de março (AP). - O presidente George W. Bush elogiou na segunda-feira, os benefícios dos automóveis que funcionam com etanol e biodiesel, numa reunião com fabricantes de veículos, na qual tentou impulsionar seus planos de combustíveis alternativos".

"Bush disse que o compromisso dos líderes da indústria automotriz nacional para duplicar a produção de veículos que utilizem o combustível alternativo ajudaria a que os motoristas renunciassem aos motores que funcionam com gasolina e dessa maneira reduzir a dependência do país a respeito do petróleo de importação".

"’Este é um grande avanço tecnológico para o país’, disse Bush após inspecionar três veículos de combustível alternativo. Se a nação quer reduzir o consumo de gasolina, o consumidor deve estar em condições de tomar uma decisão raciona"l.

"O presidente instou o Congresso a avançar rápido numa legislação que o governo propôs recentemente para ordenar o uso de 132 bilhões de litros (35 bilhões de galões) de combustíveis alternativos em 2017 e impor padrões mais exigentes de poupança de combustível nos automóveis".

"Bush reuniu-se com o presidente do conselho e diretor geral da General Motors Corp, Rich Wagoner; com o diretor geral da Ford Motor Co., Alan Mulally e com o diretor geral do grupo Chrysler de Daimler Chrysler AG, Tom LaSorda".

"Os participantes do encontro discutiram medidas para apoiar a produção de veículos que utilizem combustível alternativo, tentativas para desenvolver o etanol a partir de fontes como a relva ou a serragem, e uma proposta para reduzir em 20% o consumo de gasolina em 10 anos".

"As discussões tiveram lugar num momento em que aumentaram os preços da gasolina. O estudo mais recente da organização Lundberg Survey salientou que o preço médio nacional da gasolina aumentou em seis centavos por galão (3,78 litros) nas últimas duas semanas, a US$ 2,61."

Acho que reduzir e reciclar todos os motores que consomem eletricidade e combustível é uma necessidade elementar e urgente de toda a humanidade. A tragédia não consiste em reduzir esses gastos de energia, mas sim na idéia de converter os alimentos em combustível.

Hoje se conhece com toda precisão que uma tonelada de milho só pode produzir 413 litros de etanol como média, conforme as densidades, equivalente a 109 galões.

O preço médio do milho nos portos dos Estados Unidos aumenta em US$ 167 a tonelada. Precisa-se, por conseguinte de 320 milhões de toneladas de milho para produzir 35 bilhões de galões de etanol.

Segundo dados da FAO, a colheita de milho dos Estados Unidos em 2005 atingiu os 280,2 milhões de toneladas.

Embora o Presidente fale de produzir combustível a partir do céspede ou serragem, qualquer pessoa compreende que são frases carentes totalmente de realismo. Entenda-se bem: 35 bilhões de galões significam um 35 acompanhado de nove zeros!

Depois virão belos exemplos do que na produtividade por homem e por hectare atingem os experimentados e bem organizados agricultores dos Estados Unidos: o milho convertido em etanol; os resíduos desse milho convertidos em alimento animal com 26% de proteína; o excremento do gado utilizado como matéria-prima para a produção de gás. Lógico, isto é depois de quantiosos investimentos só nas mãos das empresas mais poderosas, nas quais tudo tem que se mover sobre a base do consumo de eletricidade e de combustível. Aplique-se esta receita aos países do Terceiro Mundo e verão quantas pessoas deixarão de consumir milho entre as massas famintas de nosso planeta. Ou ainda pior: outorguem financiamento aos países pobres para produzir etanol do milho ou de outro tipo de alimento qualquer e não ficará uma árvore para defender a humanidade da mudança climática.

Outros países do mundo rico programaram usar não apenas milho, mas também trigo, sementes de girassol, de colza e de outros alimentos para dedicá-los à produção de combustível. Para os europeus, por exemplo, seria um bom negócio importar toda a soja do mundo com o objetivo de reduzir o gasto em combustível de seus automóveis e alimentar seus animais com resíduos dessa leguminosa, especialmente rica em todos os tipos de aminoácidos essenciais.

Em Cuba, os álcoois eram produzidos como subproduto da indústria açucareira, depois de fazer-lhe três extrações de açúcar ao sumo de cana. A mudança climática já afeta nossa produção açucareira. Grandes secas alternam-se com chuvas recordes, que só permitem produzir açúcar durante cem dias com rendimentos adequados nos meses de nosso muito moderado inverno, de modo que falta açúcar em cada tonelada de cana ou falta cana por hectare devido às prolongadas secas nos meses de plantação e colheita.

Acho que na Venezuela usariam o álcool não para exportar, mas sim para melhorar a qualidade meio ambiental de seu próprio combustível. Por isso, independentemente da excelente tecnologia brasileira para produzir álcool, em Cuba a utilização dessa tecnologia para a produção direta de álcool a partir do sumo da cana não constitui mais do que um sonho o um desvario daqueles que se enganam com essa idéia. Em nosso país, as terras dedicadas à produção direta de álcool podem ser ainda mais úteis na produção de alimentos parta o povo e na proteção do meio ambiente.

Todos os países do mundo, ricos e pobres, sem nenhuma exceção, poderiam poupar milhões de milhões de dólares em investimento e combustível simplesmente substituindo todas as lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes, algo que Cuba fez em todas as casas do país. Isso significaria uma ajuda para resistir a mudança climática sem matar de fome os pobres do mundo.

Podem constatar que não uso adjetivos para qualificar o sistema e os donos do mundo. Essa tarefa fazem-na de maneira ótima os peritos em informação e os homens de ciências sócio-econômicas e políticas honestos que abundam no mundo e que vasculham constantemente no presente e no futuro de nossa espécie. É suficiente com um computador e o crescente número de redes da Internet.

Hoje conhecemos pela primeira vez uma economia realmente globalizada e uma potência dominante no terreno econômico, político e militar, que em nada se parece com a Roma dos imperadores.

Alguns se perguntarão por que falo de fome e de sede. Eu lhes respondo: não se trata da outra face de uma moeda, mas de várias faces da outra peça, como podem ser um dado com seis faces, um poliedro com ainda mais faces.

Vou-me referir neste caso a uma agência oficial de notícias, fundada em 1945 e geralmente bem informada a respeito dos problemas econômicos e sociais do mundo: a TELAM. Disse textualmente:

"Aproximadamente dois bilhões de pessoas residirão em apenas 18 anos em países e regiões onde a água seja uma lembrança longínqua. Dois terços da população mundial poderiam viver em lugares onde a escassez provoque tensões sociais e econômicas de tal magnitude que poderiam levar os povos a guerras pelo prezado ‘ouro azul’.

"Nos últimos 100 anos, o uso da água tem aumentado a um ritmo mais de duas vezes superior à taxa de crescimento da população.

"Segundo as estatísticas do Conselho Mundial d’Água (WWC, suas siglas em inglês), estima-se que em 2015 o número de habitantes afetados por esta grave situação atinja 3,5 bilhões de pessoas.

"A Organização das Nações Unidas comemorou em 23 de março o Dia Mundial d’Água, instando a enfrentar desde esse mesmo dia a escassez mundial da água sob a coordenação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), com o objetivo de salientar a crescente importância da falta de água a nível mundial e a necessidade de uma maior integração e cooperação que garantam uma gestão sustentável e eficiente dos recursos hídricos.

"Muitas regiões do planeta sofrem escassez severa de água, vivendo com menos de 500 metros cúbicos por pessoa, anualmente. Cada vez são mais as regiões que padecem a falta crônica do vital elemento.

"As principais conseqüências da escassez de água são a quantidade insuficiente desse precioso líquido para a produção de alimentos, a impossibilidade de desenvolvimento industrial, urbano e turístico e problemas de saúde."

Até aqui a informação de TELAM.

Neste caso não menciono outros fatos importantes, como os gelos que se derretem na Groenlândia e na Antártica, os danos na capa de ozônio e a crescente quantidade de mercúrio em muitas espécies de peixes de consumo habitual.

Há outros temas que podem ser analisados, porém com estas linhas tento simplesmente fazer um comentário sobre a reunião do presidente Bush com os principais executivos de companhias automotrizes norte-americanas.

Março 28 de 2007

Fidel Castro

Traduzido pela Equipe de Serviços deTradutores e Intérpretes — ESTI

Este artigo foi publicado originalmente no Jornal Granma Internacional, orgão de informação do PCC

Thursday, March 29, 2007

Bush, Lula e a embriagues do etanol
por ALTAMIRO BORGES

“Os usineiros de cana, que há dez anos eram tidos como se fossem os bandidos do agronegócio neste país, estão virando heróis nacionais e mundiais, porque todo mundo está de olho no álcool. E por quê? Porque eles têm políticas sérias”. Discurso do presidente Lula em Mineiros (GO), 20 de março de 2007.

“Não se justifica num país, por maior que seja, ter alguém com dois milhões de hectares de terra! Isso não tem justificativa em lugar nenhum do mundo! Só no Brasil. Porque temos um presidente covarde, que fica na dependência de contemplar uma bancada ruralista a troco de alguns votos”.
Lula em entrevista a revista Caros Amigos, novembro de 2000.


A visita do presidente-terrorista George Bush ao Brasil, no início de março, começa a surtir os primeiros efeitos. O objetivo da turnê imperialista, que incluiu outros quatro países da região (Uruguai, Colômbia, México e Guatemala), foi eminentemente político. Como observou o professor Nildo Ouriques, fundador do Observatório Latino-Americano da Universidade Federal de Santa Catarina, visava sabotar o processo em curso de integração regional, fragilizar o Mercosul e isolar os governos mais à esquerda do continente, em especial o de Hugo Chávez. “Os EUA primeiro tentam dividir para reinar, um instrumento clássico da política. Segundo, estão tentando mudar a política de hostilização, mas ainda não encontraram a fórmula”.

O “império do mal” ainda procurou disfarçar este caráter político, através do “pacote de assistência” aos pobrecitos da região e dos acordos sobre os chamados “biocombustíveis” . Mas só enganou os inocentes. No Uruguai, a visita tentou sacar o país do Mercosul em troca de um tratado bilateral de comércio (TLC). Na Colômbia, visou fortalecer o governo de Álvaro Uribe, fragilizado por denúncias sobre a sua ligação com os paramilitares e o narcotráfico. No México, serviu para legitimar o “presidente” Felipe Calderon, empossado após escandalosa fraude eleitoral. Já no Brasil, a negociação sobre o metanol não escondeu as suas artimanhas. “Essa energia tende a reduzir o poder de alguns Estados que nós achamos que têm um peso negativo no mundo, como a Venezuela”, revelou Nicholas Burns, subsecretário de Estado dos EUA.

Predador travestido de ecologista

A alardeada negociação sobre os biocombustíveis, entretanto, teve razões políticas, inclusive como moeda de troca, mas também econômicas. O presidente Bush, o mesmo que rasgou o Protocolo de Kyoto contra a emissão de gases poluentes e governa um país responsável por 25% da poluição no planeta, aterrisou em São Paulo travestido de “ecologista” e defendeu uma “parceria estratégica” com o Brasil na pesquisa e na exploração de fontes alternativas de energia. Ao final do encontro com Lula, foi assinado um Memorando de Entendimento sobre Cooperação na Área de Biocombustíveis, que objetiva estimular o setor privado a investir na área e fixar padrões comuns para expansão deste “mercado verde”.

O que foi realmente acordado ainda não se tornou público, mas ambos os presidentes esbanjaram alegria ao final das negociações. “O memorando assinado hoje é, sem dúvida, a nossa resposta ao grande desafio energético do século XXI... A parceira que vamos inaugurar é ambiciosa e voltada para todos os aspectos ligados à incorporação definitiva do etanol na matriz energético de nossos países”, comemorou Lula em discurso na Transpetro, uma subsidiária da Petrobras em Guarulhos. O presidente ainda dourou a pílula do acordo, ao afirmar que o biodiesel “terá grande impacto social, é voltado para o pequeno agricultor, para a agricultura familiar e ajudará a criar emprego e renda nos lugares mais pobres deste país”.

Pirotecnia publicitária

No mesmo clima festivo, o presidente-torturador George Bush exaltou o memorando: “Aprecio o Brasil e os EUA trabalhando juntos para o bem da humanidade”. Mas toda esta animação teve uma forte dose de pirotecnia publicitária. Esbanjando arrogância, Bush fez questão de afirmar que não atenderá a principal reivindicação do governo e dos usineiros brasileiros: a redução da tarifa cobrada sobre o álcool exportado ao mercado dos EUA. “Isso não vai acontecer. Ela permanecerá até 2009 e depois disso o Congresso dará um jeito”. Atualmente, o império protecionista cobra uma taxa de 54 centavos de dólar por galão sobre o álcool vendido pelo Brasil, além de 2,5% de impostos alfandegários. Só no ano passado, o governo dos EUA embolsou US$ 220 milhões em sobretaxas sobre o etanol importado do Brasil.

Apesar das barreiras, a tendência é de uma enorme expansão do setor nos próximos anos. “Já investimos US$ 12 bilhões em novas tecnologias que permitirão alcançar uma maior independência econômica e um ambiente de melhor qualidade”, informou o governante ianque. Ele deixou explícito que pretende investir no Brasil, inclusive na aquisição de nossas usinas, para garantir uma alternativa ao petróleo, que está mais escasso e encontra-se em países hostis. “Espero que possamos fazer estes investimentos juntos”, afirmou Bush, olhando de maneira fixa e sedutora para o seu potencial parceiro brasileiro, o presidente Lula.

Otimismo por razões distintas

O governo dos EUA tem muita pressa. Ele inclusive já aprovou um plano de redução em 20%, num prazo de dez anos, do consumo de petróleo e pretende elevar de 5 bilhões de galões por ano para 35 bilhões o consumo de biocombustíveis, como o álcool. “Aprecio o fato de a energia vir da cana-de-açúcar, o que dá ao Brasil grande vantagem. Aprecio a inovação que acontece no Brasil. Vocês são os líderes no álcool. Acredito que vocês continuarão a descobrir novas tecnologias, que serão úteis para outras pessoas”, disse Bush, talvez pensando nos milhões de usuários de automóveis existentes nos EUA.

Já o governo Lula de há muito está obcecado pela idéia dos biocombustíveis. Para o presidente, esta fonte alternativa de energia será decisiva para a solução dos nossos problemas econômicos e sociais e poderá tornar o país uma potência energética. “A estreita associação e cooperação entre os dois líderes do etanol possibilitará a democratização do acesso à energia. O uso dos biocombustíveis será uma contribuição inestimável para a geração de renda, a inclusão social e a redução da pobreza”, garante o ex-sindicalista, que alterou sua opinião sobre o papel dos “bandidos do agronegócios” – como se nota nas citações acima.

Cinco perigos do etanol

Este otimismo com a descoberta de novas fontes de energia não se limita aos integrantes do governo Lula e nem aos barões do agronegócios. A substituição do petróleo por fontes renováveis é uma velha bandeira das entidades ambientalistas. “O fim da queima dos combustíveis fósseis é, por si só, uma boa nova para a humanidade e para a atmosfera da terra: é uma oportunidade para reduzir o aquecimento global... Os biocombustíveis surgem como alternativa não só mais limpa, mas também capaz de promover a justiça social”, explica um equilibrado e bastante crítico estudo da ONG Núcleo dos Amigos da Terra.

Além disto, a possibilidade de o Brasil se tornar uma potência no uso desta nova fonte de energia também abre uma “janela de oportunidades” , o termo da moda, para o país se desenvolver e encarar os seus graves e crônicos problemas sociais. O desenvolvimento dos biocombustíveis teria, potencialmente, a capacidade de alavancar o crescimento da economia nacional, gerando empregos e renda. Mas tudo isto é apenas uma possibilidade. É preciso não se embriagar com o etanol, este rico derivado do álcool. Uma visão idílica do assunto pode queimar a língua dos otimistas no futuro. Os riscos desta nova fonte de energia são enormes.

Ambições imperialistas dos EUA

Em primeiro lugar, é preciso não esquecer os ambiciosos interesses dos EUA no “ouro verde”. A potência imperialista não está interessada no desenvolvimento nacional, como atesta sua rejeição a qualquer queda das barreiras protecionistas. O que almeja é abocanhar este rico produto, seja copiando a nossa tecnologia, comprando as nossas terras e usinas, pagando preços irrisórios pelo nosso álcool ou degradando os nossos recursos naturais – os EUA destruíram suas reservas naturais em apenas quatro séculos, enquanto o Brasil ainda está longe de tê-las esgotado. A produção ianque do etanol com base no milho é menos rentável e não garante a execução do seu plano de redução do petróleo. Daí sua sanha para abocanhar nosso etanol.

Como alerta o professor Bernardo Kucinski, “os governos americanos não são confiáveis para nenhuma parceria porque descumprem sistematicamente as suas promessas depois de obter o que querem. Nos anos 50, levaram nosso urânio e tório com a promessa de compensações específicas em tecnologia nuclear, que nunca vieram; prometeram à Coréia do Norte o petróleo em troca do desmonte de seu programa nuclear, mas o petróleo não foi entregue; até hoje não cumpriram a determinação da OMC de desmontar os seus subsídios agrícolas. Os EUA dependem agora de forma determinante de energia importada... Querem o nosso etanol, mas sem anular as sobretaxas que viabilizam a produção do etanol também nos EUA”.

Concentração da propriedade rual

Em segundo lugar, dependendo da forma como os tais “biocombustíveis” forem produzidos, eles servirão apenas para reforçar a histórica e absurda concentração de terras no país. O ciclo da cana no Brasil, desde o século 18, sempre foi marcado pela escravidão dos trabalhadores e pelo aumento do poder do latifúndio – que hoje concentra 56% das terras agricultáveis. Diante da expectativa do etanol virar uma commodity, já se observa uma intensa movimentação para compra de terras. Investimentos pesados estão projetados, indicando que o país poderá ganhar, em média, uma usina de álcool por mês nos próximos seis anos.

Recursos financeiros não faltarão, inclusive do banco estatal BNDES, que anunciou há dias a liberação de “até R$ 10 bilhões do montante necessário para a instalação das novas unidades”. O restante do dinheiro deverá vir da iniciativa privada nacional e internacional, além das agências multilaterais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Japan Bank for International Cooperation. Reportagem da revista patronal Forbes, de fevereiro último, intitulada “álcool atrai novos empreendedores” , confirma a perigosa tendência do aumento da concentração de terras no Brasil em decorrência da “febre do etanol”.

“Com as exportações brasileiras de álcool em acelerada expansão, tendo alcançado US$ 1,604 bilhão em 2006, 109,6% a mais que em 2005, e com as vendas de carros bicombustíveis correspondendo a 78.19% do total da venda de veículos, o álcool é hoje a estrela mais brilhante dos mercados externo e interno”. A revista lembra que o Programa de Aceleração do Crescimento do governo Lula prevê um acréscimo de 50 usinas às 270 já existentes no país. Com inúmeros dados sobre o potencial do setor, a publicação patronal estimula os usineiros a comprar terras e a investir no monocultivo da cana. E não tergiversa: “A abertura do capital pelas empresas sucroalcooleiras pode ser a melhor opção para captar recursos estrangeiros” .

Desnacionalização do campo brasileiro

Neste ponto reside o terceiro risco: o de que a concentração de terra seja agravada pela desnacionalizaçã o do campo brasileiro. “Muitos estrangeiros já consideram o Brasil como a Arábia Saudita do álcool, como relatou The Wall Street Journal, e o interesse dos investidores estrangeiros, em geral pela cana-de-açúcar, é gritante. ‘Poucas pessoas conseguem imaginar a revolução silenciosa que a agroenergia está provocando no Brasil e a quantidade de investidores estrangeiros em busca de espaços no mercado brasileiro. Neste início de fevereiro, estamos assistindo a uma verdadeira guerra entre vários grupos para a compra de uma grande usina’, comenta Antonio Cabrera” [ex-ministro de Collor de Mello], relata, exultante, a Forbes.

A multinacional estadunidense Bunge, maior empresa de alimentos do mundo, já disputa com a brasileira Cosan o controle da usina Vale do Rosário, em Morro Agudo (SP). A empresa Noble Group, sediada em Hong Kong , anunciou a compra da Usina Pertibru Paulista, em Sebastianópolis do Sul (SP), por US$ 70 milhões. Outra revista patronal, Exame, relata em texto apologético, intitulado “biodiesel virou negócio”, que a ianque ADM, uma das maiores produtoras de grãos do planeta, vai operar em junho uma usina em Rondonópolis (MS) e que a francesa Dreyfus anunciou um projeto de produção de 150 milhões de litros de álcool e adquiriu cinco usinas do grupo Tavares de Melo, tornando-se a segunda maior produtora de etanol do país. Até o mega-especulador George Soros já adquiriu uma usina em Monte Alegre (MG).

“O que se vê hoje é um número crescente de grandes empresas – algumas das maiores do setor em todo o mundo – entrando no jogo. A capacidade de produção das usinas em funcionamento alcançará até o final deste ano 1,2 trilhão de litros, ultrapassando os 800 milhões necessários para cobrir o consumo previsto”, descreve a Exame. Já a Folha de S.Paulo, tão ligada aos interesses alienígenas, reproduz uma preocupante entrevista do assessor internacional da presidente Lula, Marco Aurélio Garcia: “O Brasil tem tecnologia e pouco capital. Os EUA têm muito capital e um enorme interesse estratégico nos biocombustíveis” .

Esse processo de desnacionalizaçã o pode ser ainda mais acentuado pelo feroz apetite das multinacionais que controlam o cultivo dos transgênicos, como a Monsanto, Dupont, Bayer, Basf, Dow e Syngenta. Elas já estão investindo pesado na manipulação genética do milho, cana-de-açúcar e soja, convertendo- os em cultivos não comestíveis, o que inclusive coloca em risco a segurança alimentar dos brasileiros. Segundo Eric Holt-Gimenez, coordenador da ONG Food First, “três grandes empresas (ADM, Cargill e Monsanto) estão forjando seu império, numa aliança que vai amarrar a produção e a venda de etanol”. Ele acrescenta que as empresas do agronegócio, aliadas às transnacionais do petróleo e às montadores de automóveis, já formaram uma parceria inédita visando grandes lucros com biocombustíveis.

Trabalho precarizado e desumano

Um quarto risco, que não deve ser subestimado pelos que mantêm uma perspectiva de classe, é a brutal exploração dos trabalhadores. O etanol produzido da cana tem rentabilidade superior ao extraído do milho nos EUA – enquanto o primeiro pode gerar 7.300 litros de álcool por hectare, o segundo não produz mais do que 3 mil litros. Essa produtividade se assenta, principalmente, num trabalho que beira a escravidão. A produtividade média do cortador de cana duplicou desde a década de 80 – chegando hoje a 12 toneladas por dia. A Procuradoria do Ministério Público fiscalizou no ano passado as 74 usinas de São Paulo e todas foram atuadas. Nas primeiras fiscalizações deste ano, o mesmo órgão já encontrou várias irregularidades. “A agroindústria é quem mais infringe a legislação trabalhista e os acordos coletivos”, garante o órgão.

A pesquisadora Maria Cristina Gonzaga, da Fundacentro, fundação vinculada ao Ministério do Trabalho, denuncia que “o açúcar e o álcool no Brasil estão banhados de sangue, suor e morte. Os trabalhadores são massacrados e ficam doentes o tempo todo”. São Paulo concentra 59,5% da produção brasileira de cana e emprega cerca de 400 mil cortadores. Cada um deve colher pelo menos 10 toneladas por dia. Segundo o boletim do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, cada cortador dá aproximadamente 30 golpes de foice por minuto em oito horas de trabalho. “Muitos deles são trabalhadores em regime de escravidão disfarçada”, garante o especialista Pedro Ramos, da Universidade de Campinas (SP). São pessoas mal alimentadas e com poucas horas de sono, o que provoca inúmeras doenças e o envelhecimento precoce.

Segundo corajoso texto de Maria Cristina Fernandes, editora de política do jornal Valor, “a média de vida útil dos cortadores de cana é de 15 anos. Entre as safras de 2004 e 2006, morreram 10 cortadores apenas na região canavieira de São Paulo. Enquanto o principal fator de insalubridade, a carga de trabalho, aumenta, o salário cai. Nos anos 80, depois de um ciclo de greves, os trabalhadores conquistaram um piso salarial de 2,5 salários mínimos, o que equivaleria hoje a R$ 875 (ou R$ 950 a partir de 1º de abril). Hoje o piso varia de R$ 380 a R$ 470... Sem enfrentar esses problemas, o sucesso do etanol, para uma grande parcela de brasileiros, se limitará aos arcaísmos de um ciclo de cana-de-açúcar no país”.

Os danos ao meio ambiente

Por último, é preciso ainda relativizar o pretenso potencial desta “energia limpa” e alertar para os riscos ambientais dos chamados biocombustíveis – em especial, do etanol. Como alerta a professora Mae-Wan-Ho, da Universidade de Hong Kong, “os biocombustíveis têm sido propagandeados erroneamente como ‘neutros em carbono’, como se não contribuíssem para o efeito estufa na atmosfera. Quando queimados, o dióxido de carbono que as plantas absorvem é devolvido à atmosfera... Ignoram-se, assim, os custos das emissões de CO-2 e dos fertilizantes e pesticidas usados nas colheitas”. Um estudo do Gabinete Belga de Assuntos Científicos reforça o temor. “O biodiesel provoca mais problemas de saúde e ambientais porque cria uma poluição pulverizada e libera mais poluentes que promovem a destruição da camada de ozônio”.

Atualmente, a matriz energética mundial é composta por petróleo (35%), carvão (23%) e gás natural (21%). Os dez países mais ricos do mundo consomem 80% da energia produzida no mundo. Diante da aceleração do aquecimento global, os biocombustíveis surgem como alternativa para a sobrevivência do planeta. Mas, como registram os pesquisadores Edivan Pinto, Marluce Melo e Maria Luisa Mendonça, “o conceito de energia ‘renovável’ deve ser discutido a partir de uma visão mais ampla que considere os seus efeitos negativos”. Eles lembram, entre outros perigos, que cada litro de etanol produzido consome cerca de quatro litros de água, o que agrava a escassez deste recurso natural tão estratégico na atualidade.

Um sexto risco, de caráter ético, ainda poderia ser acrescentado, como indicou a jornalista Verena Glass, da Agência Carta Maior. “Em um mundo onde, de acordo com as Nações Unidas, 1 bilhão de pessoas sofre de fome crônica e má nutrição e 24 mil morrem diariamente de causas relacionadas a esses problemas – entre estes, 18 mil são crianças – faz-se necessário questionar se as terras do planeta se destinarão preferencialmente a atender os cerca de 800 milhões de proprietários de automóveis, ou à garantia da segurança alimentar mundial. E mais: se o Sul continuará a desempenhar o papel de fornecedor de matéria prima necessária para possibilitar ao Norte manter seu padrão de consumo”.

Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro “As encruzilhadas do sindicalismo” (Editora Anita Garibaldi, 2ª edição).

Saturday, March 24, 2007

Daniel Ortega anunció rechazo a la producción masiva de etanol

Por: Agencia Bolivariana de Noticias (ABN)
Fecha de publicación: 24/03/07

Managua, 23 Mar. ABN.- El presidente de Nicaragua, Daniel Ortega, aseguró que su Gobierno se opondrá decididamente a la producción masiva de etanol, informó la versión digital del diario local La Prensa.

El Mandatario considera como un peligro que su país caiga en el monocultivo de la caña de azúcar y dijo estar a favor de que la tierra se utilice para el cultivo de alimentos y desarrollar proyectos de cultivo de caña para producir etanol de manera racional.

«Nosotros lo hemos dicho y hemos conversado con el presidente de Venezuela, Hugo Chávez Frías (...) Nosotros estamos desarrollando algunos proyectos para producir etanol con la caña de azúcar, pero de manera racional, es decir, no se trata de convertir a Nicaragua en un monocultivo, porque se puso de moda el etanol. Eso es peligrosísimo», señaló Ortega.

Agregó que convertir a Nicaragua en uno de los países productores de etanol es con el propósito de exportarlo a Estados Unidos y Europa, lo que podría traer consecuencias irreversibles para la economía nacional.

Expresó que si se desarrolla este producto y luego Estados Unidos y Europa encuentran otra alternativa de combustible, caería el precio y, en consecuencia, se desplomaría la economía. «No hay que olvidarse de lo que pasó con el algodón», alertó el Mandatario.

Recalcó que es necesario emplear la tierra para producir alimentos que permitan combatir el hambre y no para masificar el cultivo de la caña de azúcar.

Pensar en ocupar la tierra para resolver el problema del uso del combustible en los carros particulares no tiene sentido, es decir, la tierra debe ser utilizada para resolver el problema del hambre, y por eso nosotros planteamos diversificar los cultivos en Nicaragua», destacó Ortega.

Nicaragua puede cultivar, además de caña de azúcar, la palma africana que proporciona el aceite que se utiliza en la fabricación de jabón y biodiesel.

Fonte: Aporrea

Thursday, March 22, 2007

Disminuyen reservas probadas de crudo en México, afirma Pemex
TeleSUR 22/03/07

Un informe divulgado por la estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), reveló una disminución significativa de las reservas probadas de crudo de México, en relación con las cifras de 2006, lo que moverá a la empresa a plantearse nuevos esquemas de explotación de campos.

México cayó del séptimo al decimoquinto lugar del mundo en reservas probadas de crudo en 2007, lugar que ostentaba en 1995, según el Informe anual de las reservas de hidrocarburos de México, revelado por la estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), lo que le otorga a ese país reservas para menos de 10 años.

Según el estudio de Pemex, este descenso significa un retroceso de 6,8 por ciento respecto al primero de enero de 2006. Esto indica además que México tiene petróleo suficiente para 9,6 años, por lo que el presidente Felipe Calderón, llamó a "tomar medidas urgentes" que aseguren el "futuro para las nuevas generaciones".

El pasado 18 de marzo, en ocasión del acto por el LXIX Aniversario de la Expropiación de la Industria Petrolera, Calderón expresó su preocupación, en que por primera vez se tengan reservas probadas para menos de 10 años. Al respecto advirtió que de no implementarse un programa eficaz de recuperación, existe el riesgo de que "México se convierta en un importador neto de petrolíferos y gas natural".

El informe de Pemex, en su novena edición, también explica que "la tasa de restitución de reservas probadas llegó a 41 por ciento, siendo la más alta desde 1996, cuando Pemex adoptó las definiciones internacionales para la estimación y clasificación de reservas, aunque insuficiente a la meta objetivo de cien por cien".

Sin embargo, la estatal petrolera aseguró que en aras de hacer frente a la situación y garantizar el suministro energético del país, "continuará planteando nuevos esquemas de explotación en sus campos ya descubiertos y dirigiendo su exploración hacia cuencas maduras y hacia la parte mexicana de las aguas profundas del Golfo de México".

En este sentido, el informe destaca que en 2006 Pemex descubrió "966 millones de barriles de petróleo crudo equivalente de reservas probadas, probables y posibles (3P)". El hallazgo se hizo en el campo Lakach, en aguas profundas del Golfo de México y "es el descubrimiento más significativo de 2006 con una reserva 3P superior a 200 millones de barriles de petróleo crudo equivalente", según Pemex.

vc-La Jornada/YR

Esta notícia foi publicada originalmente em TeleSur

Wednesday, March 21, 2007

“É um contra-senso dizer que o etanol é uma energia limpa”, denuncia professora

Download de audio disponível (2.06 min/499 Kb)

A expansão da monocultura da cana-de-açúcar em regiões brasileiras - como o estado de São Paulo - é uma das práticas que tem preocupado ambientalistas e movimentos sociais. Isso porque esse cultivo deve aumentar, acompanhando o aumento da produção do etanol (álcool combustível), definido em recente acordo firmado no Brasil entre os presidentes Lula e George W. Bush, dos Estados Unidos. O memorando de cooperação técnica na área de biocombustíveis, assinado recentemente entre os dois países, gerou a expectativa do setor de duplicar a produção atual do combustível. Essa produção hoje é de cerca de 17 bilhões de litros e deve passar para 34 bilhões anuais, em um prazo de até 20 anos.

A produção do etanol, que é considerada por alguns estudiosos como uma grande alternativa para a mudança na matriz energética do país por ser considerada fonte limpa e renovável de energia, não é consenso. A professora de Sociologia, Maria Aparecida de Moraes Silva, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) questiona este argumento.

“Na medida em que defendemos esta tese, você esquece quais são os métodos de produção deste produto, feitos através desta monocultura. É uma cultura que depende de muitos agrotóxicos e além de tudo o método da queimada. Existem vários trabalhos de químicos e bioquímicos que já comprovaram que estes gases são cancerígenos. Então é um contra-senso grande dizermos que o etanol é uma energia limpa. Limpa em que sentido?”

A quantidade de agrotóxicos lançados em plantações de cana-de-açúcar já coloca em risco também alguns lençóis freáticos. A professora cita um estudo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), órgão do governo do estado de São Paulo, comprovando que em bacias hidrográficas como a do Rio Pardo, na região de Ribeirão Preto (SP), as águas estão contaminadas por agrotóxicos.

De Brasília, da Radioagência NP, Gisele Barbieri

20/03/07
Produção de energia no Brasil e as prioridades de Bush

Guilherme C. Delgado*
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Muito mais rápido do que se poderia imaginar, o governo Bush reagiu às conclusões do IV Relatório Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – que afirmou de maneira enfática a responsabilidade humana sobre a geração do efeito estufa e de suas catastróficas conseqüências. Os Estados Unidos, como grande vilão dessa situação – omissos na aceitação do tratado de Kioto, saíram rapidamente a anunciar metas imediatas de redução da emissão de carbono na atmosfera, tendo por compromisso a substituição do consumo automotivo da gasolina pelo álcool (etanol). Note-se que não se mexe no padrão de consumo, mas transfere-se para uma outra fonte de energia – o álcool – a responsabilidade por reduzir as emissões norte-americanas de carbono na atmosfera.

A visita do Bush ao Brasil trouxe acenos à conclusão de acordos de longo prazo a grandes importações de álcool do Brasil – o que imediatamente disparou no circuito sucro-alcooleiro do agronegócio uma desmesurada euforia; previamente já calibrada pelas negociações com o Japão e com a Comunidade Européia na mesma direção.

Na verdade a ofensiva diplomática – Bush, que de resto nada de concreto ainda acertou – deixou transitoriamente eufóricos os conservadores de todas as matizes, ávidos por voltar a transformar o Brasil num imenso canavial exportador de álcool para o primeiro mundo.

Não se perguntam sobre a viabilidade econômica, ambiental agrária e social dessa estratégia. Parece que se tenta criar um ambiente em que é proibido pensar, visto que tudo parece tão óbvio e determinado, que qualquer ponderação argumentativa é logo desqualificada pelos formadores de opinião.

Em primeiro lugar, precisamos lembrar ao público – que atingida a auto-suficiência em petróleo, há uma prioridade número 1 no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para geração de energia elétrica – hidroelétrica estruturalmente e termoelétrica em termos complementares, sem o que não apenas o PAC, como o país inteiro corre risco do apagão. Introduzir uma meta de exportação de álcool para atender primordialmente uma demanda externa, cuja dimensão pode atingir várias vezes a nossa produção atual de 18,0 bilhões de litros ano é algo muito sério para ser tratado como assunto a ser equacionado pelos mercados.

Recorde-se que o ponto inicial da explosão dessa demanda por álcool é a escassez do petróleo, combinada com os problemas ambientais do efeito estufa. O problema da produção mega industrial do álcool-combustível é precisamente o caráter não industrial dessa produção – os seus pés de barro.

Os efeitos predatórios sobre os recursos não renováveis de solo, recursos hídricos e biodiversidade, associada a uma matriz de alta concentração fundiária e muito baixa incorporação de trabalho, convertem a opção álcool como carro-chefe da agricultura num mergulho profundo no que há mais atrasado no agronegócio brasileiro: a reprodução de relações fundiárias, ambientais e trabalhistas incivilizados, vis-à-vis uma enorme concentração de riqueza na sociedade.

A “commoditização” do álcool e a internacionalização do seu comércio, segundo os critérios da economia política do Império, como querem os corifeus do agronegócio brasileiro, não é nenhuma “janela de oportunidades” ao futuro, mas um mergulho profundo no que já de mais atrasado no nosso passado. Agrava nossa questão agrária, compete com a produção de alimentos e muito provavelmente repõe o efeito-estufa e outros problemas ambientais decorrentes do aumento da entropia na produção agrícola a níveis extremos.

(*) Economista e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

20/03/07

Este arigo foi publicado originalmente na Radioagência NP
EM DEBATE: Produção de etanol no Brasil segue geopolítica dos EUA, denuncia professora

O Download da entrevista está disponível. (7.07 min/ 1,62 Mb)

O interesse pelo etanol (álcool combustível) foi um dos motivos da visita recente do presidente estadunidense George W. Bush ao Brasil, já que a perspectiva é de que os Estados Unidos reduzam o consumo de gasolina em 20% até 2017. A substância, extraída da cana-de-açúcar, é vista como uma das grandes apostas na geração de energia “limpa” e renovável. Se por um lado a notícia de incentivo à produção do etanol anima usineiros e o agronegócio em geral, movimentos sociais e entidades de defesa dos direitos humanos entraram em alerta.

Isso porque a monocultura da cana substitui a produção de alimentos em diversas regiões (o que ameaça nossa soberania alimentar), prejudica o meio ambiente, provoca doenças respiratórias por conta das queimadas e superexplora os cortadores de cana. Para falar sobre esse assunto, a Radioagência NP entrevistou Maria Aparecida de Moraes Silva, professora de Sociologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ouça agora.

Radioagência NP: Professora, como começou o cultivo da monocultura da cana-de-açúcar no país?

Maria Aparecida de Moraes Silva: Historicamente as usinas de cana-de-açúcar em São Paulo surgiram na primeira metade do século 20. Algumas delas eram importantes até o período da década de 50, mas de toda a forma eram usinas que produziam, sobretudo, o açúcar. A partir dos anos 60, houve a instalação de grandes usinas não somente para a produção de açúcar, mas também de álcool. Essa produção foi incentivada e na década de 80 ela se estabilizou. Mas na década de 90 houve novamente um avanço da cultura canavieira no estado de São Paulo e este avanço é mais notório no ano de 2000. Hoje acontece um verdadeiro “boom” da cana de açúcar. O estado de São Paulo se transformou praticamente num imenso canavial e, com esta crise energética atual mundial, a discussão passa a ser se o etanol é uma alternativa para o fim da produção petrolífera mundial.

Radioagência NP: E qual a relação da monocultura da cana com a produção do etanol como biocombustível?

MAMS: Se você verificar a historia do país, sempre respondemos às necessidades externas e não às nossas necessidades internas. Produzimos sempre o que os países de fora estão precisando. Primeiro foi cana-de-açúcar, depois o ouro, o café, a borracha. Neste momento estamos vivendo esta situação. De acordo com o avanço cientifico mundial, não sabemos exatamente se o etanol será a grande alternativa energética do mundo. Mas, neste momento, essa produção do etanol é uma resposta a esta produção externa e acredito que isto tenha a ver com a geopolítica desenvolvida pelos Estados Unidos. Produzindo o etanol para o mercado interno dos Estados Unidos, o Brasil se alia muito mais à política deles. Então não seriam apenas aspectos econômicos que poderiam explicar este avanço desta monocultura, mas talvez aspectos políticos desta geopolítica mundial.

Radioagência NP: E quais os problemas ambientais tanto da monocultura como da produção do etanol?

MAMS: Fala-se que o etanol seria a energia limpa, muito menos poluente que a gasolina. Mas na medida em que defendemos esta tese, esquecemos os métodos utilizados para esta produção. A cana precisa ser feita em grandes áreas justamente para atender a modernização deste grande processo produtivo. Os seus prejuízos já estão comprovados, porque é uma cultura que depende de muitos agrotóxicos. Além disto, o método das queimadas, nesta região de Ribeirão Preto, onde eu vivo, posso te dizer que durante oito meses do ano, nós respiramos fumaça. Então eu pergunto que energia limpa é esta? Isso sem contar que todos os caminhões, tratores e máquinas envolvidos nesta produção são movidos a óleo diesel e não a álcool.

Radioagência NP: Por que existe tanta incidência do trabalho escravo na monocultura?

MAMS: Primeiramente, é melhor a gente pensar bem que tipo de trabalho é esse. À primeira vista, não é trabalho escravo porque esses trabalhadores recebem um salário. Quem são esses trabalhadores aqui em São Paulo? Na sua maioria não são paulistas. Eles são nordestinos. São do Maranhão, Piauí, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e norte de Minas Gerais. No ano passado, só no estado de São Paulo, a previsão da Pastoral do Migrante foi de que aqui estiveram 200 mil trabalhadores migrantes. Na década de 80, por exemplo, o trabalhador era obrigado a cortar, em média, de cinco a oito toneladas de cana por dia. No ano passado, eles já estavam sendo obrigados a cortar de 12 a 15 toneladas de cana por dia. Não se aceita o trabalhador que corte menos do que dez toneladas por dia. Houve, com o passar do tempo, uma imposição muito grande dos níveis de produtividade e, conseqüentemente, é um trabalho que demanda muita energia e resulta em um desgaste muito grande da força de trabalho.

Vocês acabaram de ouvir a entrevista com Maria Aparecida de Moraes, professora de Sociologia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

De Brasília, da Radioagência NP, Gisele Barbieri

19/03/07

Tuesday, March 20, 2007

La UE "no apoya" la creación de una "OPEP del Gas" y pide que no se funde
Por: Agencias
Fecha de publicación: 20/03/07

Martes, 20 de Marzo de 2007. - El comisario europeo de Energía, Andris Piebalgs, aseguró hoy en Budapest que la Unión Europea (UE) no sólo "no apoya" la creación de una eventual "OPEP del Gas", sino que pidió a los países que planean fundarla que no lo hagan.

"Nos preocupan los acontecimientos", dijo en rueda de prensa Piebalgs, en respuesta a una pregunta sobre los rumores según los que cinco grandes exportadores de gas (Rusia, Argelia, Irán, Qatar y Venezuela) planean fundar una organización similar a la OPEP el 9 de abril en Doha.

"El cártel degradaría el mercado de gas y por eso hemos hecho un llamado a los países interesados en el sentido de que no se realice este acuerdo. Se necesitarán negociaciones al respecto", añadió.

La Comisión Europea considera que la creación de una organización de países exportadores de gas "significaría que tendríamos que cambiar nuestra política abierta en el mercado del gas".

"Este cártel podría poner en peligro los planes de aumentar en la Unión Europea el uso del gas natural como portador de energía limpia", advirtió el responsable de Energía de "los 27".

La noticia de que los principales exportadores mundiales de gas -Rusia, Irán, Argelia, Qatar y Venezuela- podrían fundar ya en los próximos días la "OPEP del gas" trascendió ayer, cuando el diario ruso "Kommersant" aseguró que existían estos planes.

"Las principales consultas las conducen no los ejecutivos, sino los políticos, incluso los de ministerio de Asuntos Exteriores", aseguró un diplomático árabe al rotativo.

La posible fundación de una nueva organización de productores de gas para coordinar sus políticas en el mercado internacional fue planteada en enero de este año por el líder Supremo de Irán, ayatolá Ali Jamenei, al secretario del Consejo de Seguridad de Rusia, Ígor Ivanov.

Poco después, el presidente ruso, Vladímir Putin, calificó de "interesante" la idea de crear esta entidad, análoga a la Organización de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a la que no pertenece Rusia, y negó que se trate de crear "una especie de cártel".

Por su parte, el ministro argelino de Energía, Chakib Jelil, admitió ayer de que el tema "será objeto de discusiones en la próxima conferencia de los países productores y exportadores de gas natural, que celebraremos en Doha (Qatar)".

http://www.aporrea.org/energia/n92156.html

Friday, March 16, 2007

Etanol venezolano será aditivo para combustible y no sustituto de gasolina
Por: Agencia Bolivariana de Noticias (ABN)
Fecha de publicación: 15/03/07

Caracas, 15 Mar. (ABN).- El ministro del Poder Popular para la Agricultura y Tierras, Elías Jaua Milano, dijo que Venezuela producirá etanol para adicionarlo a la gasolina y hacerla menos contaminante, pero no para sustituir al hidrocarburo y sacrificar millones de hectáreas que puedan producir alimentos.

Indicó que el país sólo empleará para esto el 1% de la superficie cultivable. «Estamos hablando de unas 100 mil hectáreas de caña de azúcar destinadas a etanol porque nosotros no producimos rubros agrícolas para alimentar vehículos...estamos hablando del etanol como aditivo para reducir el plomo y obtener un combustible más limpio», precisó el funcionario.

De acuerdo con lo expresado por el titular del despacho agrícola, esto diferencia el concepto de producción de etanol que mantiene el Gobierno venezolano con respecto al estadounidense, pues para el primero es un aditivo para generar un combustible más limpio, en tanto que para el segundo constituye un sustituto.

El ministro Jaua Milano ofreció sus declaraciones luego de instalar la XXXIII Comisión Suramericana para la Lucha contra la Fiebre Aftosa (Cosalfa), actividad que se realizará este jueves y viernes en el hotel Meliá de esta ciudad.

El último seminario internacional preliminar de Cosalfa se realizó en la ciudad de Guayaquil, Ecuador, entre el 3 y 4 de abril del año 2006.

Entre los objetivos planteados en esa ocasión figuraron: identificar cambios en los sistemas de producción ganadera y los factores de riesgo asociados a la ocurrencia de fiebre aftosa en América del sur.

Establecer las necesidades y alternativas para el fortalecimiento de los sistemas oficiales de atención veterinaria, así como fortalecer la sustentación técnica y estrategia operativa del Plan Hemisférico de Erradicación de esta enfermedad que afecta al ganado bovino, para el período 2005-2009.

Los países que integran la Cosalfa, creada en el año 1972 son: Colombia, Argentina, Guyana, Chile, Bolivia, Brasil, Chile, Paraguay, Uruguay, Venezuela y Ecuador, entre otros.

Además, la Cosalfa está integrada por representantes de productores y ganaderos y previo al encuentro de los miembros de la comisión se realizan reuniones preliminares para tratar temas relevantes.

http://www.aporrea.org/energia/n91964.html

Thursday, March 15, 2007

Ministro Rafael Ramírez: artimaña política plan de Bush con el etanol
Por: Agencias

Viena 14 mar. - El ministro venezolano de Energía, Rafael Ramírez, criticó este miércoles el proyecto del presidente norteamericano, George W. Bush, de sustituir una parte de su consumo de petróleo por etanol, y aseguró que no supone una amenaza para sus exportaciones a Estados Unidos. “Me parece más una especie de artimaña política del presidente Bush para tratar de levantar su popularidad o su imagen en su propio país”, estimó.

“Yo no me imagino una OPEP con los Estados Unidos”, dijo al ser interrogado por la iniciativa norteamericana de crear una “OPEP del etanol”.

Ramírez negó que el plan de Bush de sustituir petróleo por etanol suponga una amenaza para Venezuela, que vende crudo a Estados Unidos.

“Para nosotros no es ninguna amenaza. Por el contrario, estamos diversificando nuestro mercado de una manera muy acelerada hacia América Latina, China y Japón”, aseguró, en unas declaraciones formuladas en Viena un día antes de una reunión ministerial de la OPEP.

Consideró que el plan de Bush es una “barbaridad”, ya que propone “utilizar 50 millones de hectáreas de tierra, agua y fertilizantes, no para producir comida, sino para producir gasolina”.

http://www.aporrea.org/tiburon/n91937.html

Wednesday, March 14, 2007

Francisco Ameliach dice que es una estrategia del imperio
Presidente de Pequiven y MVR evalúan efectos del etanol

Por: Últimas Noticias
Fecha de publicación: 12/03/07

Caracas. El director general del MVR, diputado Francisco Ameliach, anunció que el Comando Táctico Nacional de esa organización, citó para hoy al presidente de Pequiven [Petroquímica Venezolana], Saúl Ameliach, para que haga una explicación científica sobre la producción de etanol que estaría promoviendo el gobierno de Estados Unidos con países como el vecino Brasil.

En entrevista con Últimas Noticias, el dirigente emeverrista señaló que "el plan etanol es una estrategia del imperio estadounidense para la dominación económica de los países productores de petróleo", y en ese sentido, agregó que el presidente de Pequiven está realizando un estudio donde demuestra que el etanol contamina más el ambiente que el metanol, algo que ya fue confirmado por el Premio Nobel de química (1995), el mexicano Mario Molina.

Ameliach citó las palabras de Bolívar: "Por la ignorancia se nos ha dominado más que por la fuerza", para insistir en que "el imperio que se ha negado a firmar el protocolo de Kyoto quiere prohibir el uso del metanol, que se obtiene del gas, para imponer el uso del etanol que se obtiene del maíz y de la caña. ¡Claro! ¿Quién compite con EEUU en la producción de maíz? Ya dejamos de ser aquellos que cambiábamos oro por espejitos; pero, además de eso, con lo que cuesta un tanque de gasolina de un carro con compuesto de etanol comerían 7 personas".

El documento. En el informe de Pequiven, que hoy será presentado al MVR, se establece que "el etanol y el metanol son alcoholes, y que todo alcohol es un hidrocarburo saturado que contiene un grupo hidroxilo en sustitución de un átomo de hidrógeno, de lo que se deriva, sencillamente, que el etanol es un hidrocarburo al igual que la gasolina".

De acuerdo al informe, "el Mtbe (Metil Ter Butil Eter), que es el componente que sustituyó al plomo en la gasolina, es el oxigenante que da mayor octanaje al combustible, hace que la explosión en el motor sea mayor y elimine en esa explosión la mayor cantidad de elementos tóxicos que podrían ir al ambiente. Es considerado como el mejor aditivo de la gasolina hasta que en los EEUU, por una medida política, fue eliminado, porque supuestamente es contaminante". Asimismo, se hacen partidarios de lo referido por el mexicano Molina, quien aseguró que el etanol es más contaminante que la gasolina, ya que produce más gases de efecto invernadero, los cuales contribuyen al recalentamiento global del planeta. Además, según explicó el Nobel este hidrocarburo contamina más que la gasolina.

"EEUU lo que busca es depender menos del petróleo extranjero y de Venezuela, y al usar etanol estaría reduciendo 20% las importaciones petroleras, y pudiera entonces sustituir las provenientes de nuestro país", agrega el informe.

En el documento se explica además que el Mtbe, que se hace a partir del metanol, es el producto que hoy en día se usa en todas las refinerías venezolanas en sustitución del plomo, y por eso es que se denomina gasolina ecológica.

http://www.aporrea.org/energia/n91781.html
Chávez critica proyecto del etanol como combustible y propone uso de gas
Por: Agencia Bolivariana de Noticias (ABN)
Fecha de publicación: 13/03/07

Caracas, 12 Mar. ABN.- Durante la firma del Memorando de Entendimiento entre Venezuela y Jamaica, el presidente venezolano, Hugo Chávez, criticó una vez más el proyecto de la producción de etanol como combustible y en su lugar propuso el uso de gas natural para esos fines.

En el Half Moon Hotel de la ciudad jamaiquina de Montego Bay, Chávez criticó además que el presidente de Estados Unidos, George W. Bush, en su actual gira por Latinoamérica esté presentando al etanol como «la salvación del mundo».

Asimismo, dijo estar preocupado por declaraciones del mandatario de Colombia, Álvaro Uribe Vélez, quien habló durante su encuentro con Bush en Bogotá, el pasado domingo, sobre la región de Orinoquia, donde el presidente colombiano dijo tener 6 millones de hectáreas para la producción de etanol.

Chávez dijo que la siembra de caña de azúcar para producir etanol en esa zona «implicaría monocultivos, transgénicos, agroquímicos en la cuenca del río Orinoco; me llamó la atención eso, habrá que prestarle atención desde Venezuela a ese proyecto».

El Jefe de Estado venezolano recordó que «para producir un millón de barriles de etanol al año habría que sembrar 20 millones de hectáreas de maíz y caña de azúcar».

«Venezuela produce diariamente poco más de 3 millones de barriles de petróleo, para producir la misma cantidad de etanol diaria, habría que sembrar con maíz y caña de azúcar todo el territorio del continente, incluyendo las ciudades», contrastó el líder venezolano.

«Estaríamos usando las tierras fértiles que tenemos disponibles, el agua disponible, tecnología, maquinaria, fertilizantes, etcétera, para producir alimentos, pero no para la gente, sino para los vehículos de los ricos, es como para pensarlo», expresó Chávez.

Señaló que piensa hablar sobre el asunto, «tan pronto pueda», con el presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, quién firmó un acuerdo para la producción de etanol con su homólogo estadounidense el pasado jueves.

«A Colombia, a Brasil, a Jamaica y a todos estos países hermanos les decimos desde Venezuela con mucha humildad lo siguiente: usemos estas tierras para producir alimentos para la gente».

En ese sentido, el Mandatario venezolano recordó que «en América Latina y el Caribe existen cerca de 300 millones de hambrientos, la energía que necesitamos nosotros para nuestro desarrollo ya la tenemos, petróleo, gas y sus derivados».

Al mismo tiempo señaló que «en Venezuela estamos, junto a Argentina y Bolivia, en el proyecto para el establecimiento del gas como combustible para los vehículos».

«Por ahí debe ser el esfuerzo principal en esa materia del combustible vehicular, y el etanol habrá que seguir impulsándolo, pero eso tiene sus límites no sólo técnicos, sino éticos», añadió Chávez.

«Cuando tu le estés llenando el tanque a un vehículo con etanol estás llenándolo con energía para la cual se utilizó una cantidad de terreno y de agua que hubiese sido suficiente para alimentar a siete personas», apuntó.

Por otro lado, señaló que «Venezuela está dispuesta a no sólo suministrar una porción de gas que Jamaica necesita para expandir su empresa de aluminio, sino al desarrollo de otras formas de trabajo con la bauxita».

http://www.aporrea.org/energia/n91835.html
Economista asegura que demanda de Etanol reducirá producción de alimentos
Por: Agencia Bolivariana de Noticias (ABN)
Fecha de publicación: 14/03/07

Caracas, 14 Mar. ABN.- El economista alemán Cristof Ruhl, de la empresa petrolera británica British Petroleum (BP), alertó que la industrialización masiva del Etanol requerirá, para suplir la demanda, que los productores destinen gigantescas áreas de tierras para desarrollar plantaciones de caña de azúcar o de maíz, lo cual reducirá la producción de alimentos, informó la cadena BBC.

En un encuentro con periodistas en Frankfurt, Alemania, Ruhl aseguró que el perjuicio para la producción de alimentos ya está ocurriendo en México.

«Allá el precio del maíz subió mucho porque resulta más lucrativo vender el producto para la producción de etanol que para el consumo humano», indicó.

Según el economista, «eso aumentó la inflación y amenaza, incluso, con afectar la cotización del peso mexicano. Hasta ahora, nadie ha pensado en estas consecuencias», indicó Ruhl, según publicó la BBC en su portal web www.news.bbc.co.uk.

Ruhl dijo que Brasil deberá destinar extensas áreas de tierras fértiles para sembrar caña de azúcar, mientras que Estados Unidos (EEUU) tendrá que hacer lo mismo para cosechar maíz, ya que ambos rubros son utilizados como materia para la producción de etanol, biocombustible sobre el cual Brasil y EEUU suscribieron un acuerdo recientemente.

La posición del ejecutivo de la BP coincide con las advertencias hechas recientemente por el presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez Frías, quien ha manifestado preocupación por las intenciones de Brasil y EEUU de producir etanol para ser utilizado como combustible.

http://www.aporrea.org/actualidad/n91907.html

Saturday, March 10, 2007

Lo afirmó el Presidente del INTI, Ing. Enrique M. Martínez
Argentina: Producir etanol a partir de maíz no es conveniente para el país
Por: Prensa INTI
Fecha de publicación: 09/03/07


En su edición del Miércoles 7 de Marzo, el programa “Periodistas” que conducen Marcelo Zlotogwiazda y Ernesto Tenenbaum por Canal Magazine Satelital abordó frontalmente la discusión del nuevo paradigma bioenergético que con la fuerza de un Tsunami trata de imponerse en la agenda tecnológica y económica de los países del Mercosur. Todos los cañones económicos y mediáticos del agrobusiness global y las petroleras multinacionales están apuntados en esta dirección. Y como si ello fuera poco -tal como lo destacó Zlotogwiazda- el propio Presidente Bush inicia mañana una gira por Brasil y Uruguay que culmina en México, cuyo propósito principal es impulsar agresivamente en esta región la producción y exportación de biocombustibles, especialmente el bio-etanol a partir de cultivos como el maíz a escalas gigantescas. En el marco de esta gira del presidente norteamericano a los países vecinos, y del avance arrasador de la nueva “agenda bio-energética”, el Presidente del INTI fue entrevistado en su oficina del Parque Tecnológico Miguelete, sede central del organismo. Transcribimos textualmente a continuación, los principales conceptos vertidos en el programa.

“... Para Argentina (el bioetanol) solamente puede ser pensado como algo positivo si se lo mira microeconómicamente desde un empresario que tiene algunas miles de hectáreas o de otro empresario que está dispuesto a poner una destilería y fabricar etanol para exportar. Pero en todos los otros aspectos debería ser muy meditado y hasta seguramente cuestionado.

“... El balance energético argentino es rotundamente negativo. “... Por cada caloría que se produce de etanol se necesita aproximadamente el 70% para generar el maíz, para los fertilizantes, para los herbicidas, para la destilación, etcétera

“... La verdadera energía renovable y sustentable es aquella que se obtiene en forma directa del sol, del aire o del agua... La energía sustentable, así llamada, a partir de cultivos energéticos, interfiere con la producción de alimentos; ha generado ya un aumento de precios durante el año pasado de más del 30% del maíz, ha deteriorado la canasta básica de los mexicanos, está en camino de deteriorar la canasta básica de los venezolanos, va a aumentar el precio de la tierra con lo cual va a afectar todos los otros costos de todos los otros alimentos, y todo eso fruto de la política norteamericana de tratar de encontrar una señal que los haga depender menos del petróleo, pasando a reemplazar el petróleo por etanol pero manteniendo los sistemas de distribución concentrados de combustibles que ellos tienen.

“... Detrás de mantener la distribución concentrada a través de grandes corporaciones, EEUU está deteriorando la posibilidad de tener realmente energía renovable en el mundo.

“... Si se trata de ganar plata con la tierra, sembremos marihuana (coca, opio...), esa sería “la opción más rentable” (para el mercado), pero evidentemente esto es moralmente rechazado (y militarmente combatido). ¿Porqué, en cambio, no rechazamos moralmente sembrar maíz para producir etanol si eso significa que quebramos la ecuación alimentaria y la ecuación energética de los pueblos pobres del mundo?...”

* Recientemente, el Ing. Martínez dio a conocer un documento titulado “Energía + Medio Ambiente + Alimentos”, que se refiere extensamente a esta cuestión, el cual puede ser consultado en la página http://www.inti.gov.ar/pdf/energia_medioambiente_alimentos.pdf

Fonte:
http://www.aporrea.org/energia/n91662.html
Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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