Thursday, November 30, 2006

Na festa de 80 anos, Fidel envia mensagem ao mundo

O presidente licenciado de Cuba, Fidel Castro, congratulou ''compatriotas e amigos de todo o mundo'', em uma mensagem divulgada nesta terça-feira (28/11). Fidel garante que está se dedicando ''intensamente'' a questões de Estado e analisa que o povo americano vai derrubar, por impeachment, seu presidente, George W. Bush.

A carta foi maior surpresa dos eventos em Havana. A capital cubana é sede até sexta-feira de uma série de homenagens organizadas pela Fundação Guayasamín pelos 80 anos de Fidel. Haverá debate sobre seu pensamento, recital e exposição, entre outros eventos.

''Neste período, tenho trabalhado intensamente para garantir ao nosso país os objetivos da Proclamação do dia 31 de julho'', expressou Fidel no texto, lido por um mestre-de-cerimônias. O revolucionário cubano se referia a programas de energia, saúde e educação, os quais ele dirigia no momento em que passou a ter crises de saúde, há quatro meses.

Diante de cerca de 5.000 convidados cubanos e estrangeiros para a noite de gala cultural no teatro Karl Marx, a leitura da mensagem abriu os atos de homenagem na noite de terça-feira, na qual Fidel explicou que os médicos não autorizaram sua presença.

''Ainda não estou em condições, segundo os médicos, para enfrentar tão colossal encontro'', com os milhares de assistentes, disse o chefe de Estado. O líder da Revolução Cubana, de 1959, delegou o comando provisoriamente a seu irmão Raúl em 31 de julho, às vésperas de se submeter a uma delicada cirurgia.

Desde então, foi visto em fotos e vídeos - o último dos quais em 28 de outubro, quando respondeu aos boatos dos Estados Unidos de que tinha um câncer terminal. O aniversário de fato de Fidel foi em 13 de agosto, e os festejos previstos foram adiados por causa de seus problemas de saúde.


Leia abaixo a íntegra da mensagem de Fidel Castro.

Caros compatriotas e amigos de todo o mundo:

Neste período, tenho trabalhado intensamente para garantir ao nosso país os objetivos da Proclamação do dia 31 de julho.

Estamos agora perante um adversário que tem levado o Estados Unidos da América a um desastre de tal magnitude que, quase com certeza, o próprio povo norte-americano não lhe vai permitir acabar o seu mandato presidencial.

Ao lhes falar, intelectuais e personalidades prestigiosas do mundo, eu estava perante um dilema: não podia reuni-los num pequeno local.

Só no teatro Karl Marx cabiam todos os visitantes, e eu ainda não estou em condições, segundo os médicos, para enfrentar tão colossal encontro.

Optei pela variante de lhes falar a todos juntos utilizando esta via. O meu pensamento martiano sobre as glorias e as honras é conhecido, quando ele disse que todos cabiam num grão de milho.

A generosidade de vocês me comove. São tantas as pessoas que gostaria de mencionar aqui que, mais outra vez, optei por não fazê-lo, e peço desculpas por mencionar só um nome: Oswaldo Guayasamín, porque ele conseguiu sintetizar muitas das melhores virtudes dos aqui presentes.

Ele me fez quatro retratos. O primeiro, em 1961, se perdeu. Eu oprocurei por todos os cantos possíveis e nunca apareceu. Quanto sofri quando soube que pessoa tão excepcional era Guayasamín. O segundo foi em 1981 e conserva-se na Casa Guayasamín em Havana Velha. O terceiro, em 1986, conserva-se na Fundação Antonio Nuñez Jiménez da Natureza e o Homem. Que longe estávamos ele e eu quando nos conhecemos, de imaginar que o quarto retrato seria o seu presente de aniversário para mim em agosto de 1996.

Quão inspiradas foram suas palavras quando disse: ''Em Quito e em qualquer canto da Terra, deixem uma luz acesa que voltarei tarde''.

De Oswaldo Guayasamín escrevi um dia, ao inaugurar a Capela do Homem: ''Foi a pessoa mais nobre, transparente e humana que conheci. Criava à velocidade da luz, e a sua dimensão como ser humano não tinha limites''.

Enquanto o planeta existir e os seres humanos respirarem, a obra dos criadores existirá.

Hoje também, graças à tecnologia, as obras e os conhecimentos criados pelo homem ao longo de milhares de anos estão ao alcance de todos, embora não se conheçam os efeitos que terão as radiações produzidas por milhares de milhões de computadores e telefones celulares sobre os seres humanos.

Em dias recentes a prestigiosa organização Fundação Mundial para a Vida Silvestre (LWWF International, pelo nome em inglês), sediada na Suíça e considerada mundialmente como a mais importante ONG que controla o Meio Ambiente global, declarou que o conjunto de medidas aplicadas por Cuba para proteger o meio ambiente a tornavam no único país da Terra que tem os requisitos mínimos de desenvolvimento sustentável. Esta foi uma honra estimulante para o nosso país, mas de pouca transcendência mundial, devido ao peso da sua economia. Por tal, no passado dia 23 enviei uma mensagem ao Presidente Chávez que dizia:

''Caro Hugo:

''Ao adotar um Programa Integral de Poupança de Energia, tornar-te-ás no mais prestigioso defensor mundial do meio ambiente.

''O fato de ser a Venezuela o país de maiores reservas de petróleo é de enorme transcendência e te tornará num exemplo que arrastará aos outros consumidores de energia para fazerem o mesmo, poupando incalculáveis somas.

''Igual do que Cuba, produtora de níquel, pode mobilizar recursos por milhares de milhões de dólares para o seu desenvolvimento, a Venezuela, com as suas exportações de hidrocarbonetos, poderia mobilizar milhões de milhões.

''Se os países industrializados e ricos conseguissem o milagre de reproduzir no planeta, daqui a várias dezenas de anos, a fusão solar, destruindo antes o meio ambiente com emanações de hidrocarbonetos, como os povos pobres, que constituem a imensa maioria da humanidade poderão viver neste mundo?.

''Até a vitória sempre!''

Por último, entranháveis amigos que nos fizeram a imensa honra de visitar o nosso país, vou me despedir com grande dor por não ter podido pessoalmente lhes agradecer e abraçar a cada um de vocês. Temos o dever de salvar a nossa espécie.

Fidel Castro Ruz
28 de novembro de 2006


Da redação, com agências
Fonte: Diário Vermelho

Wednesday, November 29, 2006

Nota: Fidel Castro apesar de sua idade avançada e da sua convalecência de um problema de saúde está muito lúcido e mantém se uma grande sabedoria sobre problemas globais. Ele está bem a par do enorme desafio energético do pico do petróleo para a economia do mundo e particularmente para os países de Terceiro Mundo. Esta notícia mostra esta faceta pouco conhecida do líder cubano, líder de um país pioneiro em termos de conservação e eficiência energética.


Fidel Castro: "No estoy en condiciones de acudir a homenaje"

Por: Agencias
Fecha de publicación: 29/11/06

"Al dirigirme a ustedes, intelectuales y autoridades prestigiosas del mundo, estaba ante un dilema: no podía reunirlos en un pequeño local, sólo en el teatro Carlos Marx cabían todos los visitantes, y yo no estaba todavía en condiciones, según los médicos, de afrontar tal colosal encuentro", señaló en su misiva el mandatario cubano.

La última vez que Fidel Castro apareció en público fue el 26 de julio, con motivo del aniversario del asalto al cuartel Moncada. Un día más tarde se sometió a una delicada operación intestinal de la que no han trascendido detalles.

El 31 de julio delegó temporalmente sus poderes en su hermano Raúl para recuperarse de la intervención quirúrgica. Sus últimas imágenes datan del 28 de octubre, cuando el mandatario cubano grabó un video en el que desmentía los rumores sobre un empeoramiento de su salud.

Castro dijo en su mensaje, fechado este mismo martes, sentir "gran dolor" por no haber podido "darles personalmente las gracias y abrazar a cada uno" de los más de 1.500 invitados internacionales a los homenajes que se extenderán hasta el viernes en la capital cubana.

En la gala inaugural celebrada esta noche en el teatro Carlos Marx de La Habana tampoco estuvo presente Raúl Castro.

En su misiva, Castro arremetió además contra el presidente de Estados Unidos, George W. Bush, a quien calificó de "adversario" que "ha conducido a Estados Unidos a un desastre de tal magnitud" que, agregó, "casi con seguridad el propio pueblo norteamericano no le permita concluir su mandato presidencial".

Asimismo hizo una encarnizada defensa del medio ambiente. "Si los países industrializados y ricos lograran el milagro de reproducir en el planeta dentro de varias decenas de años la fusión solar, destrozando antes el medio ambiente con emanaciones de hidrocarburos, ¿cómo los pueblos pobres, que constituyen la inmensa mayoría de la humanidad, podrán vivir en ese mundo?", se preguntó Castro, e insistió: "Tenemos el deber de salvar nuestra especie".

En este sentido, destacó la política de Cuba al respecto, ratificada, recordó, por la "prestigiosa Fundación Mundial para la Vida Silvestre (WWF)".

Además, hizo referencia a una misiva que, según dijo, envió el pasado 23 al presidente venezolano, Hugo Chávez, en la que, indicó, le dijo que al adoptar un "programa integral de ahorro de energía" al igual que Cuba se convertirá en el "más prestigioso defensor mundial del medio ambiente".

"El hecho de ser Venezuela el país de mayores reservas de petróleo es de enorme trascendencia y te convertirá en un ejemplo que arrastrará a todos los demás consumidores de energía a hacer lo mismo, ahorrando sumas incalculables de inversión", dijo Castro.

Este miércoles comienzan los homenajes que la Fundación Guayasamín ha organizado por el 80 cumpleaños de Fidel Castro, y que fueron retrasados de la fecha original, el 13 de agosto, por la convalecencia del mandatario cubano.

Más de 1.500 intelectuales, activistas, políticos y escritores se encuentran ya en La Habana para participar en una serie de coloquios sobre la trascendencia de la vida de Castro y su influencia en el mundo.

El jueves además se celebrará en la "tribuna antiimperialista" el concierto "Todas las Voces Todas" con artistas cubanos y latinoamericanos.

El viernes, último día de los homenajes, se inauguarará en el Museo de Bellas Artes de La Habana la exposición "Un abrazo de Guayasamín para Fidel", con más de un centenar de pinturas del fallecido pintor ecuatoriano, íntimo amigo de Castro.

Fonte: Aporrea

Saturday, November 25, 2006

Resalta Chávez avances de la revolución energética en Venezuela
TeleSUR _ 25/11/06 - 15:36 CCS

El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, destacó este sábado los avances en la ejecución de la Misión Revolución Energética, lanzada a mediados de este mes para un mejor aprovechamiento de la energía en el país.

El gobernante venezolano asistió al cambio en Maracaibo (accidente) del bombillo que completa el primer millón de unidades sustituidas en apenas ocho días, como parte de un proyecto de ahorro de energía que abarca en su primera fase los estados de Zulia, Falcón, Miranda, Carabobo y el Distrito Capital.

Con este proceso, añadió Chávez, "estamos comenzando a tener otra conciencia, otra cultura energética".

El mandatario destacó que los nuevos bombillos consumen apenas 20 por ciento respecto a las lámparas incandescentes y aportan un importante ahorro a la economía nacional.

Mediante esa iniciativa, indicó Chávez, el estado ahorrará unos dos mil megavatios de energía eléctrica, equivalentes al 12,7 por ciento de la demanda nacional.

Como parte del proyecto, figura la promoción del empleo del gas y la instalación de equipos para generar electricidad con el empleo de fuentes alternativas, entre ellas la solar y eólica.

Datos de la Cámara Venezolana de la Industria Eléctrica (CAVEINEL) revelaron que la demanda en los primeros 10 meses del año en curso experimentó un repunte del 6,29 por ciento en comparación con igual periodo del 2005, hasta 91 mil 371 gigavatios hora (gw h).

Por esa vía, indicaron expertos, se queman cada año miles de toneladas de combustibles sin que los clientes finales tomen en cuenta la opción de diseñar medidas de ahorro que permitan un empleo racional de las capacidades existentes.

Prensa Latina/RA
Fonte: TeleSur

Wednesday, November 22, 2006

O Pico do Petróleo é Agora!

Quero dizer com isto que é o problema é agora e não depois. É urgente, veja-se porquê na seguinte citação de uma "mailing list" que recebo:


Global food production (MBendi Website Newsletter, Fri 17 Nov)

A reminder of the global food production situation from the MBendi Website Newsletter ( http://www.mbendi.co.za/ )


Changing the subject, the UN Food and Agriculture Organisation and the US Department of Agriculture estimate that the 2006 world harvest won't be enough to feed everyone for the sixth time in seven years. The move to bio-fuels exacerbates the problem while increasing the amount of carbon dioxide in the atmosphere. Food production dropped from 2.6 billion tons in 1994 to under 2 billion tons in 2006, while food stocks dropped from enough to feed the world for 116 days in 1999 to 57 days in 2006. The US Department of Agriculture also reports world wheat stockpiles at lowest level in 25 years, largely because of drought in Australia . Global wheat production is expected to drop causing stock levels to drop further to 20% below 2005. This could have a serious impact on food aid to Africa in the year ahead.

Friday, November 17, 2006

El gobernante venezolano exhortó a los venezolanos a disminuir el consumo de energía eléctrica

Presidente venezolano lanzó plan social para promover ahorro de energía eléctrica
TeleSUR _ 17/11/06 - 12:44 CCS

Con la Misión Energía, que se inauguró este viernes, el gobierno venezolano prevé sustituir 52 millones de bombillos (lâmpadas normais) por ahorradores (lâmpadas eficientes), como primer paso para impulsar el ahorro energético en esa nación.

El presidente venezolano, Hugo Chávez, lanzó en Venezuela la Misión Energía, un programa con el que busca promover el ahorro de la energía eléctrica en la nación suramericana.

El plan fue lanzado este viernes en el estado de Nueva Esparta, en el noreste venezolano, donde el gobernante venezolano cambió el primero de los 52 millones de bombillos que el gobierno prevé sustituir por ahorradores.

En la primera etapa del programa, que culmina al finalizar diciembre próximo y que será ejecutado a través del Ministerio de Energía y Petróleo., se sustituirán 17 millones de bombillos en seis estados del país.

''Históricamente, el crecimiento interanual de la demanda eléctrica en Venezuela se ubicaba entre 3 y 4 por ciento. Desde 2004 esto casi se ha duplicado, siete por ciento interanual'', indicó el gobernante, quien instó a los ciudadanos a tomar conciencia sobre la improtancia de disminuir el consumo eléctrico.

Por su parte, el ministro de Energía, Rafael Ramírez, en este años se ha registrado en Venezuela un aumento acelerado del consumo eléctrico, que alcanzaría alrededor de nueve por ciento en comparación con el año anterior.

Con el cambio de los bombillos por los ahorradores se intentaría un mejor uso de la energía eléctrica, aunque el objetivo de la Misión es cambiar el patrón de consumo de energía sustituyendo el uso de diesel por gas.


cb/abn/RA
Fonte: TeleSur

Nota: Há poucos dias atrás o ministro do petróleo reconheceu o pico mundial do petróleo para 2012. Agora aparece este plano de Conservação Energética, não é por acaso...

Thursday, November 16, 2006

Nota: Uma boa utilização de biodiesel em Portugal, ao nível local, como deve ser.

Câmara de Baião anuncia construção de unidade de produção de biodiesel

15.11.2006 - 17h39 Lusa

A Câmara de Baião anunciou hoje a construção no concelho de uma unidade de produção de biodiesel e adiantou que o projecto poderá arrancar até ao final do ano.

"A autarquia comprometeu- se a disponibilizar o espaço e neste momento estão a ser estudadas as melhores soluções de implementação" , disse o presidente da autarquia. O projecto surge no âmbito de um protocolo assinado com a empresa Quimicalis - Químicos e Petroquímicos.

Sem adiantar o valor do investimento, José Luís Carneiro considerou que "esta solução irá contribuir para resolver diversos problemas que têm surgido nas condutas de saneamento resultantes das descargas de óleos".

"O biodiesel produzido será depois utilizado nas viaturas da Câmara municipal, permitindo assim reduzir em cerca de 30 por cento os custos com combustíveis" .

Ficou também acordado entre os outorgantes que a empresa exploradora irá contratar funcionários no concelho, prestando-lhes a formação necessária para o exercício do cargo.

O biodiesel é produzido a partir de óleos vegetais, de gorduras de animais, de lixos e das lamas das estações de tratamento de águas residuais (Etar).

"Possui um grande potencial económico como combustível para veículos automóveis, dado ser mais barato do que o gasóleo ou gasolina, além de contribuir para a preservação do meio ambiente".

A par destas vantagens, "a produção de biodiesel requer alguma mão-de-obra que, a avaliar pelas estimativas feitas para Portugal, está representado numa proporção de 23 postos de trabalho por cada mil toneladas de combustível".

Fonte: Público
Bolivia no debe perder el control de sus reservas

Noviembre 14, 2006

Carta abierta del ex Ministro Andrés Soliz Rada al Parlamento boliviano sobre los contratos con las petroleras

Bolivia no debe perder el control de sus reservas

Andrés Solíz Rada - B o l p r e s s

En mi condición de ex Ministro de Hidrocarburos y Energía del Presidente Evo Morales y co-partícipe del Decreto de Nacionalización del Gas y del Petróleo del primero de mayo pasado, hago conocer mis opiniones sobre los contratos petroleros, suscritos el 28 y 29 de octubre pasados, que, por 30 años, autorizará y aprobará en próximos días el Congreso de la República.

Tales opiniones, acompañadas de reflexiones adicionales, son los siguientes:

Primera.- Mientras PETROBRAS, en informe al pueblo brasileño, de 31 de octubre último, sostiene que los contratos le autorizan a contabilizar las reservas que seguirá explotando en Bolivia, voceros del gobierno boliviano han afirmado que tales reservas, en cumplimiento de la Carta Magna, del Referéndum Vinculante de 18 de julio de 2004, de la Ley 3058 de 17 de mayo de 2005 y del Decreto de Nacionalización, son de propiedad del Estado nacional.

Al tratarse de un tema que afecta a la totalidad de las reservas de hidrocarburos actuales y futuras del país, cuyo valor, anotadas como títulos valores (ya sea como acciones o bonos) ascienden a más de 200 mil millones de dólares, no puede quedar sujeto a ninguna duda o incertidumbre. Por esta razón, sugiero que el Congreso redacte un artículo en el que se prohíba a las compañías anotar nuestras reservas en bolsas de valores, ya que ellas son de propiedad directa, inalienable e imprescriptible del Estado. Por decisión parlamentaria, YPFB debe incluir esa cláusula en los contratos petroleros, sin la cual no podrán ejecutarse, por tratarse, precisamente, de contratos de operación, como informan las autoridades bolivianas. Las reservas, al ser de dominio absoluto del Estado, deben servir para que la refundada YPFB emita bonos, reconocidos por las bolsas de valores, lo que le permitirá contar con el capital que requiere para ingresar, de manera efectiva, en el control de la cadena productiva y en proyectos de industrialización del gas, como señala el Decreto de Nacionalización. Sin esta definición, incluida, además, en el proyecto de ley de refundación de YPFB, elaborado por el Ministerio a mi cargo y que encuentra en el Parlamento, para su tratamiento respectivo, la industrialización de los hidrocarburos sólo quedará en enunciado.

Segunda.- El Congreso Nacional no puede suscribir contratos definitivos con temas pendientes. Si en los contratos existen cláusulas provisionales relativas a montos de inversión y depreciación (anexo “G”) la autorización y aprobación de los contratos también debe ser provisional, en tanto se conozca con exactitud esas cifras que, durante tres décadas, influirán en las fórmulas de cálculo de ingresos para el país. Tales cifras deben ser públicamente contrastadas con las auditorias que se están realizando, campo por campo, en cumplimiento del Decreto de Nacionalización y ejecutadas por empresas auditoras contratadas por el Ministerio de Hidrocarburos y Energía. En materia petrolera, la diferencia de centavos se traduce en beneficios o perjuicios que afectan enormemente al interés nacional.

Tercera.- No se justifica la suscripción de contratos sobre campos marginales, por los que, según anuncio oficial, YPFB subvencionará con 10 millones de dólares anuales a las compañías. Es preferible que las compañías cumplan su amenaza de abandonar estos campos, a fin de que YPFB los explote mediante contratos de operación con PDVSA, entidad que, con espíritu bolivariano, respalda de manera decisiva la nacionalización y ha anunciado su decisión de participar en tareas de exploración y explotación en el país. El gas y petróleo de esos campos puede ser inmediatamente destinado a la industrialización con la estatal venezolana. Por otra parte, es preocupante que en la suscripción de contratos, YPFB no hubiera reservado áreas importantes para explorarlas y explotarlas de manera directa.

Cuarta.- Los contratos no deben encubrir los delitos de contrabando, evasión impositiva y estafa agravada, cometidos por empresas como Andina, Chaco, Repsol y Petrobrás y que están siendo juzgados en la justicia ordinaria. Debe proseguir el juicio contra los responsables del ingreso de la ENRON al país, iniciado por Juan Carlos Virreyra y ampliado en mi gestión ministerial. En esa misma gestión, se impulsó el Decreto Supremo que declaró de prioridad nacional la construcción del Gasoducto Boliviano de Occidente (GABO), el que, al articular los mega campos con el occidente de Bolivia, impulsará la industrialización de los departamentos productores, en primer término, y del conjunto del territorio nacional.

Quinta.- En el país se ha desatado un falso debate, relativo a si el Decreto de primero de mayo de 2006, implica o no la nacionalización de los hidrocarburos. Cada nacionalización es diferente y tiene sus propias características. Si el mencionado Decreto buscaba que Bolivia recupere la propiedad del gas y del petróleo, el control y participación de YPFB en la cadena de hidrocarburos y el monopolio de la comercialización ha cumplido su objetivo.

La tercera nacionalización se llevó a cabo dentro de un proceso democrático, con las reglas de la democracia liberal, inexistente al expulsarse a la Standard Oil, en 1937, y a la Gulf, en 1969. Se trata de la primera nacionalización ejecutada en el Tercer Mundo, en el marco de la brutal globalización económica, impuesta a los países semicoloniales, con el poderoso respaldo del Consenso de Washington. Es innegable, asimismo, que la Nacionalización ha recuperado la dignidad y la autoestima de nuestro pueblo. Considerar que sólo hay nacionalizaciones si los países sometidos sufren embargos, bloqueos e intervenciones militares es una limitación en el análisis.

El Presidente Morales está mal asesorado cuando se le dice que la nacionalización se completará sin expropiaciones ni indemnizaciones. El país está obligado a expropiar e indemnizar por las acciones de Transredes, Chaco y Andina, si las auditorias demuestran que han cumplido sus compromisos de inversión y obligaciones impositivas. Lo mismo ocurre con las refinerías de Petrobrás y los poliductos de la compañía alemana-peruana CLHD, a fin de controlar el 50 más uno de sus paquetes accionarios, como dispone el Decreto de Nacionalización. La expropiación con indemnización es un derecho irrenunciable del Estado, reconocido por el artículo 22, parágrafo 2º de la Constitución Política del Estado.

La Nacionalización fue adoptada en un contexto internacional muy desfavorable, al tener que enfrentar la agresividad de George W. Bush y de sus aliados de los países de Europa Occidental, unidos en la defensa ciega de sus empresas petroleras. Entre los vecinos, no era posible encontrar apoyos decididos (aunque hubo algunos respaldos indirectos) del gobierno de Michelle Bachellet, aliado privilegiado de los centros de poder mundial, de Kichner, maniatado por las transnacionales asentadas en la Argentina, ni del régimen de Lula, condicionado por Petrobrás, empresa que ha enajenado el 62 por ciento de sus acciones en favor de transnacionales petroleras. Debía considerarse, además, que en Perú y Paraguay existen tropas norteamericanas, con todo el riesgo geopolítico que ello implica.

Sexta.- El Decreto fue dictado en medio de riesgos de disgregación nacional. Recuérdese que el asesor del vicepresidente de EEUU, Mike Falcoff, aseguraba que el país pronto sería borrado del mapa, que el ex Ministro de Defensa de Argentina, Jorge Pampuro decía que Bolivia se había “libanizado” y que el FMI advirtió que el país sólo era viable si mantenía las políticas de Sánchez de Lozada. Lo anterior iba acompañado de proclamas para fundar la “Nación Camba”, la “República Aymara” o designar gobernadores en Santa Cruz y Tarija, mediante cabildos, con ayuda financiera de las Petroleras. En esta materia, la intervención de Transredes (Enron-Shell) se tornó inocultable.

Su aprobación se produjo gracias al fuerte respaldo que tiene el Presidente Evo Morales en los sectores indígenas, campesinos y de trabajadores, así como en las Fuerzas Armadas y capas medias empobrecidas. Sin embargo, y paradójicamente, a diferencia de lo ocurrido en el pasado, importantes sectores del proletariado minero, otrora vanguardia de la clase obrera, han anunciado que defenderán con armas y cargas de dinamita los yacimientos mineros controlados por las trasnacionales, las que, a su vez, tienen el apoyo de varias cooperativas del sector.

Si bien el abrumador triunfo de Evo Morales, en los comicios del 18 de diciembre de 2005, frenó las tendencias separatistas, ellas no han desaparecido. Volverán a presentarse si el gobierno del MAS abandona la defensa de la soberanía nacional, la política de recuperación de los recursos naturales, la lucha contra la corrupción, la industrialización del país y la generación de empleos. No existe coordinación entre las reservas del Banco Central y el Plan de Desarrollo Económico del propio gobierno. Calificar a nuestras reservas monetarias de “sacrosantas”, significa mantener concepciones neoliberales inaceptables. En mi gestión ministerial se logró que Petrobrás pagara, pese a la reticencia de sectores del propio gobierno, los primeros 160 millones de dólares provenientes de la participación adicional de los mega campos, como dispuso el Decreto de Nacionalización. Infelizmente, no se ha compatibilizado los mayores ingresos por los hidrocarburos con el citado Plan, con el riesgo de hacerlos desaparecer en obras de beneficencia.

Sexto.- El escenario creado por el Decreto de Nacionalización es un campo de batalla en el que se enfrentan quienes desean aplicarlo en su integridad y quienes pretenden frenarlo, desvirtuarlo y paralizarlo, como ocurrió con la Resolución Ministerial 207, que, en aplicación del Decreto, me cupo dictar a fin de que YPFB controle la producción y comercialización del petróleo crudo, asegurando ingresos adicionales a favor de YPFB por más de 10 millones de dólares mensuales y corrigiendo distorsiones en el pago a Petrobrás por la refinación del petróleo destinado al mercado interno y que, inexplicablemente, aún persisten en desmedro del consumidor boliviano. YPFB puede mantener su tradición de los últimos años de ente “residual”, burocratizado, ineficiente y corrupto o convertirse en impulsor de la industrialización del gas y en conductor de la cadena hidrocarburífera del país.

Resulta penoso observar cómo políticas claudicantes en materia de recursos naturales utilizan poses indigenistas y radicales, invocando la defensa legítima de nuestras culturas, las que deben ser impulsadas en el marco de la unidad nacional, premisa mayor de la Asamblea Constituyente.

Andrés Soliz Rada
Ex Ministro de Hidrocarburos y Energía

Fontes: Katari.org
Bolpress
Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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