Cúpula sobre gás reunirá Venezuela, Bolívia, Paraguai e Uruguai
Mês que vem a integração energética dos países latino-americanos dá um novo passo. Pela primeira vez, se realizará no Paraguai uma cúpula sobre o gás entre quatro presidentes: Hugo Chávez, da Venezuela; Evo Morales, da Bolívia; Tabaré Vázquez, do Uruguai; e Nicanor Duarte, do Paraguai. O objetivo do encontro será dialogar sobre a distribuição do gás natural na região, além de incorporar Bolívia, Paraguai e Uruguai ao tema que já vem sendo dialogado entre Venezuela, Brasil e Argentina.
A informação é do presidente Morales, que fez o anúncio em uma coletiva de imprensa para correspondentes internacionais em La Paz. O evento ser realizará no Paraguai, provavelmente no dia 19 de abril. Segundo ele, este encontro presidencial deixa em claro que a Bolívia não está a margem do anel energético, do plano de integração regional que é adiantado pelos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e pelo qual se persegue o abastecimento de gás natural ao cone sul-americano.
“A Bolívia é, na realidade, o principal aliado comercial para impulsionar a integração energética mediante um grande consórcio de empresas estatais, que Brasil e especialmente Argentina e Venezuela (todos membros do Mercosul) pretendem impulsionar”, disse o presidente boliviano.
No último dia 19 de janeiro, o presidente venezuelano se reuniu em Brasília com seus pares de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Nestor Kirchner, para tratar sobre o gasoduto que projetam construir entre as três nações. Na ocasião, Chávez indicou que o “megaprojeto” se tornará um eixo estratégico para a formação de pólos endógenos que impulsionarão o progresso ao longo dos mais de sete mil quilômetros de extensão que terá a obra. O quatro encontro trilateral estava pautado para acontecer em 10 de março na Argentina, um dia antes da posse da presidente chilena Michelle Bachelet. Mas não aconteceu porque o presidente venezuelano teve que se ausentar devido às comemorações do Dia da Bandeira.
Esta será a primeiro reunião que incluirá Bolívia, Paraguai e Uruguai nas conversas multilaterais sobre a comercialização do gás na América do Sul, já que Brasil, Argentina e Venezuela têm estado trabalhando no megaprojeto integracionista do gasoduto.
Bolívia
O governo do presidente Evo Morales anunciou recentemente que realizará uma exaustiva auditoria no processo de capitalização do setor petroleiro, com o objetivo de determinar quais empresas têm recuperado seus investimentos e contam com a possibilidade de pagar impostos acima de 60% ou 70%. “Isso vai acontecer da seguinte forma. Vamos fazer as auditorias sobre tudo o que aconteceu até agora, a partir daí vão sair os devedores e os credores, veremos quem são e quantos, e sobre essa base emergerão os novos contratos, com novos parâmetros”, declarou à imprensa.
Ontem, a Petrobras anunciou que estava interrompendo seus investimentos na Bolívia até que sejam retomadas as negociações com o governo boliviano. “Estamos preocupados, porque existe um conjunto de investimentos que tem de ser feito e cujo processo decisório está dependendo do que vai acontecer na Bolívia”, afirmou o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli.
A Petrobras é o principal investidor estrangeiro na Bolívia e controla a maior parte da indústria de hidrocarbonetos desse país, incluindo um gasoduto binacional com capacidade para transportar até 30 milhões de metros cúbicos de gás natural, destinado a regiões industriais do Brasil. ”Se nós não tivermos um processo de negociação claramente em curso, teremos que retardar as nossas decisões. Começamos a ficar preocupados com as declarações das autoridades da Bolívia responsáveis pela área de hidrocarbonetos”, disse o presidente da estatal.
O processo de nacionalização da indústria de hidrocarbonetos, aberto pelo governo do presidente Evo Morales, criou um novo cenário para as transnacionais do setor, como a Petrobras, admitiu Gabrielli. Segundo ele, no entanto, há confiança na retomada do processo de negociações, considerando os interesses de ambas as partes. “A Bolívia precisa do Brasil e o Brasil precisa da Bolívia”, disse.
Da Redação,
Com agências
Fonte:
Diário Vermelho
Mês que vem a integração energética dos países latino-americanos dá um novo passo. Pela primeira vez, se realizará no Paraguai uma cúpula sobre o gás entre quatro presidentes: Hugo Chávez, da Venezuela; Evo Morales, da Bolívia; Tabaré Vázquez, do Uruguai; e Nicanor Duarte, do Paraguai. O objetivo do encontro será dialogar sobre a distribuição do gás natural na região, além de incorporar Bolívia, Paraguai e Uruguai ao tema que já vem sendo dialogado entre Venezuela, Brasil e Argentina.
A informação é do presidente Morales, que fez o anúncio em uma coletiva de imprensa para correspondentes internacionais em La Paz. O evento ser realizará no Paraguai, provavelmente no dia 19 de abril. Segundo ele, este encontro presidencial deixa em claro que a Bolívia não está a margem do anel energético, do plano de integração regional que é adiantado pelos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e pelo qual se persegue o abastecimento de gás natural ao cone sul-americano.
“A Bolívia é, na realidade, o principal aliado comercial para impulsionar a integração energética mediante um grande consórcio de empresas estatais, que Brasil e especialmente Argentina e Venezuela (todos membros do Mercosul) pretendem impulsionar”, disse o presidente boliviano.
No último dia 19 de janeiro, o presidente venezuelano se reuniu em Brasília com seus pares de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Nestor Kirchner, para tratar sobre o gasoduto que projetam construir entre as três nações. Na ocasião, Chávez indicou que o “megaprojeto” se tornará um eixo estratégico para a formação de pólos endógenos que impulsionarão o progresso ao longo dos mais de sete mil quilômetros de extensão que terá a obra. O quatro encontro trilateral estava pautado para acontecer em 10 de março na Argentina, um dia antes da posse da presidente chilena Michelle Bachelet. Mas não aconteceu porque o presidente venezuelano teve que se ausentar devido às comemorações do Dia da Bandeira.
Esta será a primeiro reunião que incluirá Bolívia, Paraguai e Uruguai nas conversas multilaterais sobre a comercialização do gás na América do Sul, já que Brasil, Argentina e Venezuela têm estado trabalhando no megaprojeto integracionista do gasoduto.
Bolívia
O governo do presidente Evo Morales anunciou recentemente que realizará uma exaustiva auditoria no processo de capitalização do setor petroleiro, com o objetivo de determinar quais empresas têm recuperado seus investimentos e contam com a possibilidade de pagar impostos acima de 60% ou 70%. “Isso vai acontecer da seguinte forma. Vamos fazer as auditorias sobre tudo o que aconteceu até agora, a partir daí vão sair os devedores e os credores, veremos quem são e quantos, e sobre essa base emergerão os novos contratos, com novos parâmetros”, declarou à imprensa.
Ontem, a Petrobras anunciou que estava interrompendo seus investimentos na Bolívia até que sejam retomadas as negociações com o governo boliviano. “Estamos preocupados, porque existe um conjunto de investimentos que tem de ser feito e cujo processo decisório está dependendo do que vai acontecer na Bolívia”, afirmou o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli.
A Petrobras é o principal investidor estrangeiro na Bolívia e controla a maior parte da indústria de hidrocarbonetos desse país, incluindo um gasoduto binacional com capacidade para transportar até 30 milhões de metros cúbicos de gás natural, destinado a regiões industriais do Brasil. ”Se nós não tivermos um processo de negociação claramente em curso, teremos que retardar as nossas decisões. Começamos a ficar preocupados com as declarações das autoridades da Bolívia responsáveis pela área de hidrocarbonetos”, disse o presidente da estatal.
O processo de nacionalização da indústria de hidrocarbonetos, aberto pelo governo do presidente Evo Morales, criou um novo cenário para as transnacionais do setor, como a Petrobras, admitiu Gabrielli. Segundo ele, no entanto, há confiança na retomada do processo de negociações, considerando os interesses de ambas as partes. “A Bolívia precisa do Brasil e o Brasil precisa da Bolívia”, disse.
Da Redação,
Com agências
Fonte:
Diário Vermelho