Sunday, July 31, 2005

O capitalismo como utopia

Nós marxistas temos uma grande preocupação em realçar as diferenças entre o capitalismo e o socialismo, noentanto escapa-nos a percepção que as semelhanças podem ser tão ou mais úteis para explicar às pessoas a verdadeira natureza do sistema em que são ensinadas a confiar.

Não, não estou a fazer uma equivalência moral entre o sistema capitalista e o socialista. Estou apenas a desmistificar o maior dos mitos que levam a negar o socalismo como alternativa possível e realizável. Aquele que diz que o socialismo é uma utopia e que o capitalismo é a ordem natural das coisas ou a essência do homem.

Um exemplo prático:

Como é que as pessoas conseguem acreditar que os EUA são um país democrático, poderoso e com uma economia saudavel quando este país tem a maior dívida externa do planeta (absolutamente impagável), mecanismos de saque do terceiro mundo que apesar de astronómico não soluciona os problemas financeiros internos e um aparelho militar desesperado por invadir e conquistar recursos estratégicos sem olhar a meios.

Se as pessoas tivessem conhecimentos básicos de economia e estivessem minimamente atentas à economia americana e à economia mundial globalizada percebiam que a única supperpotência incontestada suposta possante vencedora da guerra fria é um autêntico buraco negro da economia capitalista mundial e um império moribundo que não escapará em breve ao colapso.

O rei vai nu e não é preciso ser muito corajoso ou muito genial para afirma-lo. Basta ter a curiosiadade em saber porquê e estar atento.

Como podemos acreditar num teoria económica e num sistema económico que só funciona mediante o crescimento económico eterno? (até os marxistas cometem esse erro) A energia está a entrar na sua fase de declinío, os recursos naturais estão nos limites, o planeta está saturado de população e estruturas da economia industrial que puxam a civilização industrial para o colapso.

O planeta está infestado pela ideologia do fazer-dinheiro-como-se-não-houvesse-amanhã, essa ideologia é o capitalismo actual (ou liberalismo se quiserem). Mas mais do que isso é a própria civilização industrial.

Nós marxistas podemos continuar a tentar imaginar o que vai ser o socialismo de amanhã ou o socialismo deste século XXI se preferirem, mas eu pergunto que mundo será esse. Não será melhor perguntar que mundo restará para construir o socialismo do século XXI?

Algum marxista duvida que qualquer que seja a data do triunfo do socialismo no mundo, vamos herdar um planeta em ruínas?

Afinal o ridiculo está naqueles que querem ridicularizar os que insistem em querer dar um futuro à humanidade. Utopia é pensar que o capitalismo tem futuro.

Friday, July 29, 2005

Agradeço comentários e sugestões

Particularmente gostaria de apelar aos membros e participantes do forum Carapau para visitarem e comentarem o meu blogue. Foi uma agradável surpresa descobrir esta semana, que existe um forum com um discussão e uma recolha de atigos de grande interesse para a questão do Pico do Petróleo. Eu sei que este blogue está ainda pouco composto no seu conteúdo para isso peço a vossa colaboração com os vossos comentários e sugestões.

O meu objectivo é apenas introduzir esta questão para o debate em Portugal, para isso a internet ou a blogosfera podem ser apenas os primeiros passos.

E já agora aproveito para tirar o chapéu a resistir.info por ter sido pioneiro na questão.

Sunday, July 24, 2005

Portugal Pins Energy Hopes on Wind Farm Licenses


PORTUGAL: July 20, 2005


LISBON - Portugal's Socialist government said on Monday it would grant licenses within six months to build massive stretches of wind farms, as part of a 2.5 billion-euro ($3-billion) investment plan in renewable energy.


A Economy Ministry spokesman said the licenses, to be awarded to business consortiums, would allow for the generation of 1,700 Megawatts (MW) of energy.

That's more than the capacity of a new nuclear power plant proposed by private investors last month, and immediately rejected by the government.

Officials did not say when the wind plants would be ready or how much government spending would be needed for the project.

But the ministry saw direct investment of 900 million euros ($1.09 billion), with most of the funds coming directly from the companies, and a portion from public coffers.

"If there is an area that is of utmost importance for our future, that area is renewable energy," said Prime Minister Jose Socrates, calling for private-sector investment.

The government approved last month a 25 billion-euro plan for infrastructure investment, including 2.5 billion euros in spending for renewable energy.

The plan was part of the Socialist campaign platform ahead of February elections in which the party ousted a center-right coalition.

The rise in oil prices to record levels of around $60 a barrel has put the spotlight on alternative sources of energy. Portugal's state-owned electricity generator EDP is a heavy user of fuel oil for power generation.

Last month investors headed by tycoon Patrick Monteiro de Barros said they would seek to build a nuclear power plant with a capacity of 1,600 megawatts -- without public funds.

But the government ruled out nuclear power projects.

EDP, Portugal's biggest industrial group, called the wind farm project "ambitious."

"EDP has always been interested," said CEO Joao Talone, who attended the press conference in Lisbon.

Analysts believe other companies will also be interested in the wind farm project, including Spanish firms Endesa, Iberdrola and Gamesa .

Portugal's budget deficit this year is estimated at 6.2 percent of gross domestic product, just over twice the euro currency zone limit.

Friday, July 22, 2005

"People say they don't care about politics; they're not involved or don't want to get involved, but they are. Their involvement just masquerades as indifference or inattention. It is the silent acquiescence of the millions that supports the system. When you don't oppose a system, your silence becomes approval, for it does nothing to interrupt the system. People use all sorts of excuses for their indifference. They even appeal to God as a shorthand route for supporting the status quo. They talk about law and order. But look at the system, look at the present social "order" of society. Do you see God? Do you see law and order? There is nothing but disorder, and instead of law there is only the illusion of security. It is an illusion because it is built on a long history of injustices: racism, criminality, and the enslavement and genocide of millions. Many people say it is insane to resist the system, but actually, it is insane not to."

Mumia Abu-Jamal

Tuesday, July 19, 2005

O impacto político-económico do pico do petróleo

Um excelente artigo em resistir.info pelo professor Rui Namorado Rosa.
Um artigo relacionado a perspectiva marxista com a perspectiva energética (que incorpora os princípios da termodinâmica) para a análise da evolução da economia desde a primeira revolução industrial até à situação actual.

Monday, July 18, 2005

No pântano do Petro-Vietname

Um excelente artigo em espanhol relacionando as petro-guerras do imerialismo americano no Médio Oriente com o Pico do Petróleo por Jorge Bernstein em Rebelion.org. Intitula-se "Las malas noticias de la petroguerra" e começa por analisar o fracasso da solução militar para a petro-sede imperialista:

El atentado de Londres puede ser visto como la culminación de una serie de “malas noticias” para el Imperio llegadas durante las últimas semanas y que constituyen claras señales del empantanamiento de la “petroguerra” . La confrontación se inició hace algo más de tres años a partir del ataque contra las Torres Gemelas aunque es posible constatar que el aumento vertiginoso de los gastos militares de los Estados Unidos no comenzó el 11 de Septiembre de 2001 sino mucho antes (ver gráfico “Gastos militares de Estados Unidos”). Lo que avala las hipótesis acerca de la complicidad activa o pasiva de las autoridades estadounidenses con esos hechos buscando así aprovecharlos políticamente. Dicho de otra manera, existe una dinámica militarista lanzada hacia el fin de la presidencia de Clinton (guerra del Kosovo) coincidente con el auge de la burbuja consumista-bursátil y síntomas notorios de degradación institucional, ese primer envión contribuyó a preparar las condiciones para la llegada de los neoconservadores al gobierno quienes desataron una segunda burbuja financiera y aceleraron la carrera bélica. Si profundizamos el análisis deberíamos remontarnos hacia comienzos de los años 1980 cuando la presidencia de Reagan dio el empuje decisivo al proceso de deterioro de la cultura productiva norteamericana combinado con enormes gastos militares y la emergencia de redes de negocios especulativos: el cáncer parasitario terminó por hacer su gran metástasis dos décadas después.

Podemos destacar tres “malas noticias” previas a los hechos de Londres: el avance arrollador de la resistencia irakí, la victoria electoral en Irán de la línea dura antinorteamericana y la expansión de la guerrilla afgana, dichos acontecimientos marcan un giro decisivo en el panorama internacional.
Paranóia e negação da realidade - It's the Oil Peak Stupid!

Recebi num e-mail um primeiro sinal de desespero paranóico da sociedade petro-dependente.
Eis o que acontece quando o pico de petróleo começa a doer ao consumidor primário, ou seja, o automobilista:


O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS, UMA VERGONHA!
LEIA TOTALMENTE ESTA MENSAGEM NÃO SE PERDE NADA EM TENTAR



Mesmo que não tenha viatura, pode distribuir a mensagem seguinte aos seus amigos, por uma guerra inteligente contra os preços das empresas petrolíferas... Está previsto que o preço da gasolina irá ultrapassar brevemente os 1,40 Euros/litro e do gasóleo os 1,20 Euros/litro!!! Você quer que os preços baixem? É preciso agir conjunta e solidariamente.



Alguém sugeriu uma ideia genial, muito mais sensata que aquela em que nos pedem para não comprar gasolina no dia tal e no dia tal. As empresas petrolíferas rir-se-iam desta campanha porque sabiam que nós não poderíamos ser continuamente prejudicados recusando sistematicamente comprar gasóleo e gasolina: seria muito mais uma estupidez da nossa parte do que um problema para elas (empresas).



Mas a proposta seguinte poderá ter resultados bastante eficazes, se para tal for levada a rigor. Leia completamente esta mensagem e junte-se a nós. Os mercados internacionais aumentam constantemente os preços através de medidas especulativas como relatórios pessimistas, por exemplo, em relação à possível eleição dos ultra-conservadores no Irão no final do ano. Ridículo.



As empresas petrolíferas e a OPEP querem fazer-nos crer que o preço que elas nos impõem é um bom negócio para ambas as partes. Mas, muito provavelmente, os 0,60 Euros/litro para o gasóleo e os 0,80 Euros/litro para a gasolina já seriam preços mais do que justos. Parece existir uma cartelização no sector dos combustíveis.



No entanto, o facto de ser um sector oligopolístico, e em que há paralelismo na fixação de preços, não significa, só por si, que há um cartel. Estamos perante um produto homogéneo em que o grande peso no preço final é o preço internacional do petróleo, o que implica um paralelismo na evolução dos preços. De facto, a Galp tem o monopólio da refinação e existe pouca importação directa pelas outras petrolíferas. Além disso, a Galp controla, também, uma série de infra-estruturas de armazenagem. Assim, a falta de concorrência estrutural no mercado português é um factor importante.



Temos de actuar decididamente para lhes mostrar que, num mercado livre e concorrencial, são ambos os compradores e os vendedores que controlam os preços de mercado e não apenas um deles. Face aos aumentos, por vezes até mais do que uma vez por semana, do preço dos combustíveis, devemos reagir como consumidores que somos.



A única forma de se verificar a queda do preço terá de passar por uma vontade firme em não comprarmos gasolina ou gasoleo a essas empresas petrolíferas, mas sem que sejamos nós os prejudicados. Como necessitamos das nossas viaturas não podemos prescindir dos combustíveis, mas, poderemos actuar de forma a ter um impacte real no mercado dos combustíveis se agirmos todos juntos contra estes preços.



EIS A PROPOSTA:



NÃO COMPRAR UMA GOTA DE COMBUSTÍVEL ÀS TRÊS MAIORES EMPRESAS DE COMBUSTÍVEIS NO PAÍS: GALP, BP E REPSOL. EXISTEM OUTRAS EMPRESAS COMO A CEPSA, ELF, ESSO, ETC...



Se aquelas empresas virem as suas vendas de combustíveisreduzirem, serão obrigadas a baixar os seus preços. Se uma delas baixar os seus preços, as outras empresas terão também de os baixar. Mas para criar o tal impacte, temos de conseguir a compreensão e a colaboração de milhões de clientes da Galp, BP e Repsol.



A Internet dá-nos a possibilidade de conseguir isso. Se esta mensagem for entregue a 10 pessoas e se cada uma destas dez a transmitir a dez pessoas amigas e assim por diante, esta mensagem será lida por cerca de UM MILHÃO DE CONSUMIDORES após seis gerações. Tudo o que temos a fazer é enviar desde hoje esta mensagem a dez pessoas amigas e pedir-lhes para fazerem o mesmo, as outras fazerem o mesmo e assim sucessivamente.



E, claro está, em paralelo abster-se de reabastecer a(s) viatura(s) naquelas empresas, ou seja BOICOTÁ-LAS. E é tudo ! Se agirmos conjuntamente vamos conseguir a diferença! Acredite que pode provocá-la e passe esta mensagem aos seus amigos e conhecidos. NÃO SE PERDE NADA EM TENTAR.
Peak Oil quotes

What the Experts Are Saying

"We have known for a long time that the status quo, a society that is machine-oriented, competitive, inequitable, fast-paced, globalized, monocultural, [and] corporate-dominated, is deadening to the human spirit and ecologically unsustainable."
– Richard Heinberg, First U.S. Conference on Peak Oil and Community Solutions, November 2004

According to the Association for the Study of Peak Oil (ASPO), global conventional oil production is expected to peak around 2008.

"[People] may find silver linings [in the post peak oil world,] as they rediscover rural living, regionalism, diversity and local markets, [plus] coming to live in better harmony with themselves, each other, and the environment in which nature has ordained them to live."
– Dr. Colin Campbell, ASPO founder, April 2005 Peak Oil Conference, Edinburgh, Scotland

"The problems associated with world oil production peaking will not be temporary, and past 'energy crisis' experience will provide relatively little guidance. The challenge of oil peaking deserves immediate, serious attention, if risks are to be fully understood and mitigation begun on a timely basis."
– Dr. Robert Hirsch, Report prepared for the U.S. Department of Energy, March 2005

Monday, July 11, 2005

Mais uma interessante velha notícia.

Sadad Al Husseini diz que que a previsão de produçao global de petróleo do governo americano é uma perigosa sobre-estimação

Foi dito ao Channel 4 News por um insider de topo da industria petrolífera saudita que a previsão do governo americano para a produção futura de petróleo é uma perigosa sobre-estimativa (over-estimate).
Sadad Al Husseini acabou de se retirar de vice-presidente da companhia petrolífera saudita Aramco.
Os seus comentários podem ter um impacto significativo num mercado petrolífero nervoso que já viu o preço do crude subir a níveis recordes nas últimas semanas.
Os mercados petrolíferos globais estão incrivelmente esticados. O preço do barril está à volta de 55US$ dólares e os preços teem crescido cerca de 80% durante o último ano.
O fornecedor chave é a Arábia Saudita e os mercados estão altamente sensíveis a quaisquer notícias acerca do reino do deserto.
Nós obtivemos estimativas sensíveis do governo dos EUA acerca de quanto petróleo é preciso para a economia global durante os próximos anos.
De momento, o mundo usa 80 milhões de barris por dia, com a produção saudita de cerca de 9 milhões de b/d, a fornecer cerca de 11%.
Lá para 2025, dados os enormes aumentos de procura da China, Índia e por aí fora, a procura global vai subir a 120 millhões de b/d.
E, o governo americano diz, os sauditas vão fornecer 22m b/d, cerca de 19%.
Os sauditas muito raramente falam em público sobre a futura capacidade de petróleo mas há sinais que o reino está preocupado que os seus campos estejam a ser absorvidos demasiado de força.
Al-Husseini acabou de se retirar como chefe de exploração na Aramco e ele disse-nos numa rara entrevista, que as estimativas da EIA (Administrção da Informação
Energética), o think tank energético do governo americano, são simplesmente demasiado altas.
Ele também disse que não via o preço descer abaixo dos 50$ o barril dentro em breve.
A opinião de Al-Husseini é uma visão que está a crescer dentro dos mercados petrolíferos, mas que ninguém quer admitir, que o crescimento populacional e a emergência da China e Índia significam que os preços de petróleo vão ficar agora estruturalmente mais altos do que estiveram.
É também uma visão articulada por Matthew Simmons, um dos banqueiros líderes da industria, e antigo conselheiro de energia do vice presidente americano Dick Cheney.
Ele diz que a principal razão porque os mercados não acordam para os preços permanentemente altos do petróleo é o que ele chama "pensar de grupo" e "sabedoria convencional". Ele disse nos numa entrevista exclusiva que a única maneira para a procura de petróleo, e consequentemente os preços caírem, é uma recessão global.
Al-Husseini e Simmons são duas das mais importantes figuras séniores da indústria petrolífera global.

fonte Channel 4 News 26-Oct-2004
Uma velha mas intressante notícia. Afinal, deu-me para traduzir umas coisas para lerem na nossa lingua.



Professor de Física prevê crise do petróleo

A civilização como a nós a conhecemos vai chegar ao fim algures neste século quando o combustível se esgotar.
Essa é a obscura previsão com que o escritor e professor do Instituto de Tecnologia da California David Goodstein concluiu a sua leitura segunda à noite.
"Eu certamente espero estar errado," ele disse à audiência que encheu Woodward Hall. "E eu certamente espero que fazer a previsão possa ajudar a fazê-la errada"
Goodstein vinha fazer uma tornée para promover o seu último livro, "Out of Gas: The End of the Age of Oil".
Ele fez uma apresentação de 30 minutos sobre a projectada exaustação da produção mundial de combustíveis e as dificuldades em fazer a transição para combustíveis alternativos.
Baseado na teoria do pico de Hubbert, a América está destinada a ficar sem petróleo antes do final do século, disse Goodstein.
A teoria de Hubbert, criada pelo geofísico M. King Hubbert durante os 1950as, acertadamente previu que a produção de petróleo nos EUA picaria no começo dos 1970as
Goodstein disse que a teoria previu a taxa global de descoberta de petróleo, sugerindo que poderia prever a produção global total de petróleo.
Ele disse que o mundo esá direcionado para uma crise de escassez global que pode causar guerra, depressão económica e o apodrecimento das instituições.
"Vai haver uma crise," ele disse. "Vai ser doloroso. Nós acabamos de invadir o Iraque. Se alguém pensa esta guerra não foi pelo petróleo, pense outra vez. Eu chamo-lhe guerra petrolífera II. A primeira guerra do golfo foi a guerra petrolífera I."
Chris McKenna, estudante de arquitetura, disse que se sente desencorajado pela juventude mostrar tão pouco interesse em assuntos energéticos, mesmo quando perante cenários tão obscuros como o fim da civilização tal como a conhecemos.
"Eles não reagem," ele disse."Eles são apenas tipo, OK, whatever, vou ver televisão."
O amigo e colega de longa data de Goodstein, professor da University of New México Robert Duncan, organizou a sua visita. Ele pediu a Goodstein para falar na UNM como parte de um esforço mais alargado para usar a educação da Física para criar consciência para os problemas energéticos do mundo.
"O David é um dos líders da educação em Física no mundo inteiro hoje em dia," disse Duncan. "A política energética é uma das mais preocupantes questões do nosso tempo, mas é algo que virtualmente nenhum político quer debater, porque não faz ressonãncia com o público. Além do mais, uma questão tão importante quanto esta é desprezada nos ciclos eleitorais."
Goodstein disse que o mundo precisa de um "projecto Manhattan" para desenvolver a energia de fusão, um sistem de combustíveis que em teoria produziria uma quantidade inexaurível de produção energética a baixo custo com pouco impacto ambiental.
"Infelizmente, a fusão nuclear esteve a 25 anos nos passados 50 anos, e ainda está a 25 anos de nós agora," ele disse, gerando risos. "Foi dito que a fusão nuclear é a fonte de combustível do futuro e sempre vai ser".
A nossa segunda melhor esperança é a energia solar, ele disse. Mas é preciso uma área do tamanho de metade da california coberta em paineis solares para fazer a transição para a energia solar, ele disse.
"Isso não é uma área muito grande," ele disse."Há muitas terras não usadas no mundo".
Perguntado porque o governo americano não está a abordar o tema com mais urgência, Goodstein disse que as pessoas tendem a reagir só quando são atingidas.
"Se atirares um sapo para uma panela de água quente, ele salta logo para fora," ele disse. "Se aqueceres gradualmente a água, o sapo vai apenas sentar-se lá. Nós estamos numa panela gradualmente aquecida."


fonte Daily Lobo News de 11/9/04
Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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