Monday, February 26, 2007

Nota: Em memória dos vitímas e dos mártires da luta contra o fascismo em Portugal. Porque é preciso lembrá-los, porque ainda não temos uma democracia decente e digna, porque ainda há fascismos a derrotar em Portugal.

Assassinados pela PIDE:

Retirado do blog As Vinhas da Ira:

1931
O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto;

1932
Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;

1934, 18 de Janeiro
Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal

1935
Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);

1936
Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;

1937
Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;

1938
António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos; Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;

1939
Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;

1940
Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;

1941
Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho; António Guedes Oliveira e Silva; Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;

1942
Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do P. C. P. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;

1943
Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;

1944
General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.

1945
Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;

1946
Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;

1947
José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;

1948
António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;

1950
Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;

1951
Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;

1954
Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;

1957
Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;

1958
José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;

1961
Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;

1962
António Graciano Adângio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, são assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;

1963
Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;

1964
Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;

1965
General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;

1967
Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, morre vítima de tortura na PIDE;

1968
Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;

1969
Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;

1972
José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na “fuga-libertação” de Alcoentre, em Junho de 1975;

1973
Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;

1974, 25 de Abril
Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José James Barneto, de Vendas Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores, são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas.

A PIDE acaba como começou, assassinando. Aqui não ficam contabilizadas as
inúmeras vítimas anónimas da PIDE, GNR e PSP em outros locais de repressão

Friday, February 23, 2007

Angélica
Chico Buarque


Composição: Miltinho/Chico Buarque

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino?
Queria cantar por meu menino
Que ele não pode mais cantar


Em memória de Stuart Angel e Zuzu Angel. Em memória de todas as vítimas da ditadura fascista do Brasil. É necessário reflectir sobre o fascismo e os seus horríveis crimes, só assim percebemos a importância do Estado de Direito e do Humanismo.

Por isso aconselho que vejam o filme Zuzu Angel.

Tuesday, February 20, 2007

Nota: Continuando com o debate do tema etanol versus alimentos, publico um interessante arigo de um cidadão mexicano.

Biocombustibles: ¿Cuál es la prioridad del Estado Mexicano sobre el maíz?
Dr. Alejandro Villamar
Red Mexicana de Acción frente al Libre Comercio

¿Llenar millones de autos con etanol, o llenar millones de estómagos, incluyendo de desnutridos, y conservar economías y culturas que no se compran en ninguna gasolinera, ni planta industrial del mundo?

A raíz de un aumento del precio del maíz amarillo en los Estados Unidos, debido, se dice, al aumento de la demanda para derivarlo a las plantas productoras de etanol, algunos funcionarios mexicanos, sin reparar en la responsabilidad que tienen para definir una política de Estado que beneficie a la mayoría de nuestro país, responden automáticamente a la propuesta de algunos poderosos sectores agrícolas que sueñan con sacar jugosas ganancias de esa nueva situación del mercado de EE.UU.[1]

Sin embargo, la pregunta obligada es si acaso en México vivimos situación similar a la de EE.UU. para responder con parecida política, o la política del Estado mexicano debe responder a las particularidades propias para que verdaderamente alcancemos resultados exitosos, de los que están ayunos la mayoría de los productores rurales, de campesinos e

indígenas.

La situación productiva, social y mercantil del maíz y otros granos en Estados Unidos es diametralmente opuesta a la de México. En EE.UU la administración ha adoptado una nueva estrategia multinanual de producción masiva de biocombustibles, sobre todo de etanol, a partir de maíz en su primera etapa, como parte de una política de objetivos múltiples. Los objetivos más publicitados han sido encaminarse a disminuir su dependencia de abasto externo de combustibles y sustituir unos combustibles por otros más sustentables, supuestamente menos contaminantes y más saludables.

Sin embargo, este país principal productor mundial de granos apoyados por enormes subsidios gubernamentales, también se enfrenta al reto de colocar sus grandes excedentes subsidiados en el mercado mundial, provocando un comercio desleal que viola reglas internacionales, destrucción de productores en otros países y obstáculos a la creación de un marco internacional de comercio multilateral.

Canalizar o re-dirigir sus excedentes al mercado interno resulta una distensión de una parte del conflicto internacional y una oportunidad de darle alternativa a sus sectores beneficiados por el gran agro-negocio industrial, e incluso levantar esperanzas de satisfacer demandas de otros productores familiares o pequeños y regiones que exigen atención.

No obstante, el desarrollo de esa estrategia estadounidense, como de otras naciones como Brasil o la Unión Europea, requiere superar múltiples obstáculos y objeciones tanto políticas, como ambientales y sobre todo de naturaleza socio-económica, que también México debe tener en cuenta.

Existe un sobre dimensionamiento o exageración sobre la contribución que el etanol hace en materia de independencia energética y ambiental y reducción de costos. Los cálculos académicos estadounidenses indican que aún dedicando toda la producción de granos, tan sólo se cubriría el 12 por ciento de la demanda energética total; mientras no cambie la política y el modelo de derroche energético (matriz energética de producción-consumo) seguirá la dependencia y fuente principal de la producción de gases de invernadero, principal responsable del cambio climático y los daños globales.

La producción de etanol y su uso está lejos de caracterizarse como proceso no-contaminante. Recientemente, el 7 de febrero, el Premio Nobel Mario Molina afirmó en la Cámara de Diputados que la producción de etanol es contaminante, contribuye con más CO2, y es insignificante lo que se gana en energía neta. Además su producción requiere un gran consumo de agua (en proporción, para cada unidad de etanol se requieren 6 de agua); actualmente la producción de etanol no es realmente rentable

y por ello se canalizarán enormes subsidios gubernamentales, objetivo evidente de las grandes monopolios de producción, comercialización y biotecnología. Finalmente, cada día crece el cuestionamiento social sobre la naturaleza irracional de usar granos alimenticios para alimentar motores, y se apunta a la necesidad de intensificar la investigación para usar celulosa de hierbas o desechos para obtención de biocombustibles.

A diferencia de Estados Unidos, México tiene una frágil suficiencia en maíz blanco y un creciente déficit en granos forrajeros y oleaginosos. Y si en EE.UU. el uso industrial de maíz y otros granos es una forma de manejo de la gran oferta y sus excedentes, el reto en México es lo contrario: incrementar la oferta nacional para satisfacer la demanda doméstica alimentaría, forrajera y agroalimentaria manufacturera.

A México le urge tener una oferta alimentaría estable y accesible para disminuir los altos grados de desnutrición, sobre todo infantil, de muy numerosas y socialmente sensibles comunidades indígenas y no indígenas, creación de empleos dignos y mejoramiento del bienestar comunitario en el espacio rural y también retomar una estrategia de política estatal para disminuir el grado de dependencia alimentaría que ha alcanzado niveles políticos y de presión internacional muy sensibles y peligrosos.

El círculo vicioso que se integra entre la pobreza y la desnutrición, como entre desempleo y exclusión social, es muy clara en amplias regiones del país y no sólo es un problema de justicia social y gobernabilidad, también es parte de las debilidades estructurales para fortalecer un mercado interno, mejoramiento de salud y protección de cultura y biodiversidad, y compromisos internacionales asumidos oficialmente.

En términos económicos, actualmente en México una política de subsidios a la producción de etanol significaría actualmente desviar los escasos recursos gubernamentales a proyectos no prioritarios ni estratégicos.

Además, la estrategia de producción de etanol de algunos grupos empresariales, no únicamente se orienta a recibir recursos gubernamentales, ni a exportarlo, sino, por una parte y bajo el muy dudoso y muy cuestionado argumento de aumento de la productividad mediante el uso de semillas transgénicas, se busca consolidar el control monopólico y tecnológico de los insumos básicos; se calcula que, después que el gobierno de V. Fox terminó de destrozar la empresa estatal (PRONASE) comercializadora de semilla nacional, ahora cerca del 90 por ciento de las semillas mejoradas de maíz son controladas por la trasnacional Cargill y sus similares; y por la otra parte, ante el deseo de que se legisle conforme sus intereses privados y se vuelva obligatorio el uso de un determinado porcentaje de etanol en el transporte, esos productores en alianza estratégica con capital foráneo, aspiran también al control monopólico de producción e importación de biocombustibles y sentar las bases para desplazar a PEMEX.

Pero si en términos económicos no existen similitudes entre México y EEUU mucho menos los hay en términos de cultura, historia, identidad y comunidad alrededor de la creación, recreación y sobre-vivencia en torno al maíz. Ya sabemos que esos valores, mientras no se les vea con ''ojos de dólares'' no valen nada para el libre mercado y los mercaderes y especuladores de siempre. Sin embargo, esos son los valores centrales a partir de los cuales hemos sido país y hemos construido una identidad y singularidad como país y como comunidad. Siete mil años de historia de maíz son raíces muy profundas que ninguna moda mercantilista, vestida con falsa tecnología y adornada con retórica ambientalista puede ignorar y mucho menos borrar.

En síntesis, la copia dogmática de este modelo de biocombustibles para México es una equivocación política por su carácter disruptivo, inequitativo e insustentable.

La mayoría de sus propósitos son objetivos de política privada y de lucro que se desea presentar como objetivos de política pública, pero no desean asumir los costos sociales, ambientales y políticos que conlleva.

Por todas esas razones, llegó la hora de exigir una verdadera discusión pública y democrática sobre una verdadera y conveniente política de Estado sobre maíz y biocombustibles.

Nosotros, lo mismo que la mayoría de las organizaciones campesinas e indígenas de este país, exigimos que la política de Estado responda al legítimo interés de la Nación, no de intereses facciosos, antisociales y anticulturales.

Reafirmamos nuestro respaldo y solidaridad al grito popular de que SIN MAÍZ NO HAY PAÍS.

Nos pronunciamos por un país con maíz porque el uso prioritario del maíz siga siendo alimentario, creado, recreado y apropiado por nuestr@s campesin@s.

- Nota:

[1] Esta pendiente de dictamen final en la Comisión de Agricultura de la Cámara de Diputados, una iniciativa de Ley de Promoción de los Biocombustibles, promovida por un abanico de actores privados y legisladores y crecientemente cuestionada por otras organizaciones campesinas y sociales.

Este texto encontra-se publicado em TeleSur

Monday, February 19, 2007

Nota: Isto é um texto do site Resistir.info, editado pelo meu companheiro de lutas e activismo, Jorge Figueiredo. Reproduzo-o para os leitores do meu blogue pela grande pertinência do texto, a propósito do pico do petróleo.

CRIMES ECONÓMICOS CONTRA OS POVOS

O milho, desde sempre, constituiu a base alimentar do povo mexicano. Até a entrada no NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), o México era um país com soberania alimentar: a sua produção interna de milho era suficiente para atender às necessidades do seu povo. A partir do NAFTA, a produção interna mexicana foi arruinada pelas importações do milho dos Estados Unidos. O milho mexicano não podia competir com os preços subsidiados dos produtores estado-unidenses. Isto, só por si, provocou uma tragédia de desemprego e desertificação rural, forçando à emigração maciça de camponeses empobrecidos para os EUA — muitas vezes de forma ilegal e com riscos de vida.
O segundo capítulo desta triste história foram aumentos de preços brutais. Entre Janeiro/2006 e Janeiro/2007 a cotação do milho subiu 60,8 por cento, impossibilitando a milhões de mexicanos o acesso ao seu alimento básico. É a questão das "tortilhas", mencionada por alguns media portugueses como se fosse algo pitoresco e sem situá-la no contexto histórico. E por que subiu tanto e tão de repente o preço do milho? Resposta: porque nos EUA estão a desviar milho para a produção de bioetanol, um substitutivo da gasolina.
Algumas lições que já se podem extrair desta história em desenvolvimento:
1) O neoliberalismo económico conduz a desastres e as suas vítimas são os povos;
2) A integração no NAFTA foi e é uma tragédia para o México, sob muitos aspectos;
3) A perda de soberania alimentar de um país provoca riscos acrescidos para o seu povo;
4) É demagógico e anti-ético desviar a produção de alimentos para a fabricação de mixórdias combustíveis, apregoadas como energia "renovável" por pseudo-ecologistas interessados no seu próprio business (isto vale também para Portugal);
5) Além de demagógico, é de uma inanidade absoluta tentar substituir petróleo por biocombustíveis líquidos. No caso português, por exemplo, jamais será possível substituir uma fracção minimamente significativa do petróleo consumido – 18,3 milhões de toneladas/ano – por combustíveis de origem vegetal;
6) As tentativas de promover os biocombustíveis líquidos, cumprindo Directiva da UE, estão a gerar uma procura de biodiesel que provoca verdadeiras tragédias no Terceiro Mundo.
7) Nem sequer o ambiente urbano chega a ser beneficiado com tais medidas. Não é porque se mistura 5 por cento de biodiesel ao gasóleo, como em Portugal, que as emissões poluentes reduzem-se algo que se sinta.
8) No mundo pós Pico de Hubbert deve-se constatar sem rodeios que o petróleo não pode ser substituído. A humanidade terá de reduzir o seu consumo energético. Para conseguir isso de um modo racional e humano, um bom princípio é a adopção do Protocolo do Esgotamento . Quanto mais tempo o mundo ignorar o problema do esgotamento mais ele se agravará e piores serão as consequências futuras. Ver a propósito o Projecto de Resolução Nº 164/X , publicado no Diário da Assembleia da República, 2ª série, 20/Dezembro/2006.

Este texto encontra-se publicado em Resistir.info.

Saturday, February 03, 2007

Vitória! Vitória da Luta Popular em Rio Tinto!



Valeu a pena! Valeu bem a pena!



Vale a pena lutar por transporte público, barato e de qualidade! E isso é solução para o pico do petróelo!



A STCP queria retirar a ligação directa dos seus autocarros desde Rio Tinto ao Porto. No final, depois de semanas de luta os rio-tintenses gahnaram em toda a linha nas suas reivindicações. Estou orgulhoso do povo da minha terra. E é assim que se soluciona o Pico do Petróelo, mais transporte público e mais barato e menos lucros e negócios obscuros para os administradores da STCP e da Metro. O Povo é quem mais ordena!

Thursday, February 01, 2007

Mexico - Cantarell crashing (Peak Oil Review [ASPO-USA], Mon 29 Jan)

No link, from ASPO-USA’s weekly Peak Oil Review newsletter.

This story was reported in yesterday’s newsletter, but POR does an excellent job of summing the info available/consequences:

On Friday PEMEX made it official. Production from Mexico 's largest oilfield, Cantarell, fell from 1.99 million b/d in January 2006 to 1.44 million b/d in December. The company's overall crude production in December was 2.98 million b/d, falling below 3 million barrels for the first time in six years. Nearly a year ago, a leaked internal PEMEX study forecast that under the best-case scenario Cantarell's production would fall to 1.54 million barrels a day by the end of 2006 -- almost exactly what happened.

Mexican oil analyst, David Shields, expects the field's output to drop another 600,000 barrels a day by the end of this year. He says that Pemex will likely increase output by 200,000 barrels a day at other fields -- leaving the country with a net decline of 400,000 barrels a day by year's end.

The sudden crash of production from Cantarell has serious implications for the US and Mexican economies. Mexico derives 37 percent of its federal budget from PEMEX's profits. Last year, revenue from the nation's crude exports reached an all-time high of $34.7 billion. In 2005 Mexico exported 1.82 million b/d mostly to the US . By last month exports had fallen to 1.53 million b/d and will obviously continue to drop during 2007 and beyond as production drops and the growing Mexican economy continues to demand more fuel.

Mexico has already warned US crude importers that it will be unable to fulfill some existing contracts. US imports from Mexico could drop by over a million barrels a day between 2005 and the end of next year. A loss of this magnitude will be very difficult and probably expensive to make up through purchases on the international market.


OIL-MEXICO: Severe Withdrawal Symptoms Ahead (IPS, Thu 25 Jan)

http://www.ipsnews.net/news.asp?idnews=36306

Mexico is as addicted to oil as heroin addicts are to their next fix: the country depends on oil for a large proportion of its energy needs, consumes it at an unsustainable rate and goes into debt to obtain it. Unless it changes its behaviour or finds a therapy that works, the prognosis is that it will experience a serious crisis.

The problem is enormous, analysts told IPS. Mexico produces 3.3 million barrels per day (bpd) of crude, making it the sixth world producer; it exports 1.8 million bpd, and owns one of the 10 largest oil companies, the state monopoly Petróleos Mexicanos (PEMEX) -- but it is teetering on the edge of an abyss, they said.

Local oil reserves are expected to last only nine years and eight months at current rates of production, according to precise calculations by experts, whereas in 2000 they were forecast to last 20 years and seven months. Besides, PEMEX is bankrupt.

PEMEX has debts greater than its total assets, is undertaking very little exploration, its extraction costs are rising steadily, and most of its revenues go straight into the state coffers to finance 36.1 percent of the national budget, twice the proportion that it contributed 20 years ago...


Mexico - Latest Total oil Supply (production) from IEA(International Energy Agency, 13 Dec 2006)

http://omrpublic.iea.org/OECDresults.asp?OECDcountries=Mexico&oecdformat=%25&Submit=Submit
Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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