Nota: E finalmente a União Europeia acordou para o eu tenho vindo a denunciar à muito tempo. Deve ter ser sido pelo artigo da revista Science.
A União Europeia admite que ignorou problemas ambientais e sociais ligados ao etanol
14/01/08
Londres, 14 Jan (PL) - A União Europeia (UE) reconheceu que não foi capaz de prever os problemas ambientais e sociais derivados da obtenção de biocombustíveis (o combustível que os Sem-Terra do Brasil chamam "agrocombustíveis" e "necrocombustíveis") a partir de vegetais. "Nós observamos que os problemas ambientais e sociais causados pelos biocombustíveis são maiores do que calculávamos. Por isso devemos ser mais cuidadosos", declarou o comissário para o meio ambiente da UE, Stavros Dimas, à BBC. O funcionário acrescentou que nas directrizes da UE devem estar incluídos os temas sociais e ambientais já que existem alguns benefícios derivados da utilização de biocombustíveis. Vários relatórios têm advertido para o aumento dos preços dos alimentos e para a destruição das florestas em consequência do objectivo de utilizar estas terras para a produção de plantas destinadas ao fabrico de etanol.
Desde à alguns anos, os biocombustíveis têm sido vistos como a saída perfeita para os fabricantes de carros sob pressão para cortar as emissões de gases poluentes emitidos pelo uso da gasolina e do gasóleo. Ao invés de revolucionar os projectos de carros, eles poderiam reduzir a emissão de poluentes se os motoristas usassem mais combustíveis produzidos a partir de plantas, que teriam retirado CO2 da atmosfera durante seu crescimento. A União Europeia agarrou a ideia e estabeleceu suas metas de biocombustíveis.
Desde então, estudos advertiram que alguns tipos de biocombustíveis quase não cortam as emissões e que outros podem levar à destruição de florestas, elevar o preço dos alimentos ou levar empresas com dinheiro a expulsar comunidades pobres das suas terras para convertê-las para o cultivo de matérias primas para biocombustíveis. Dimas disse que é vital que as regras da União Europeia previnam a perda de biodiversidade, que ele descreveu como o outro grande problema para o planeta, ao lado do aquecimento global.
A nova posição tem consequências práticas
O comissário europeu para o meio ambiente, Stavros Dimas, disse à BBC que será melhor para a União Europeia não cumprir sua meta de elevar a 10% a proporção do uso de biocombustíveis em relação ao total de combustíveis do que correr o risco de prejudicar o ambiente. Segundo Dimas, a União Europeia não previu os potenciais problemas provocados pelo uso de biocombustíveis. Estudos recentes advertiram sobre os aumentos de preços de alimentos e a destruição de áreas de florestas em consequência da produção de biocombustíveis. A União Europeia prometeu novas directrizes para garantir que sua meta para o uso de biocombustíveis não é prejudicial.
Fonte: Prensa Latina (PL)/Aporrea, BBC (versão brasileira)
A União Europeia admite que ignorou problemas ambientais e sociais ligados ao etanol
14/01/08
Londres, 14 Jan (PL) - A União Europeia (UE) reconheceu que não foi capaz de prever os problemas ambientais e sociais derivados da obtenção de biocombustíveis (o combustível que os Sem-Terra do Brasil chamam "agrocombustíveis" e "necrocombustíveis") a partir de vegetais. "Nós observamos que os problemas ambientais e sociais causados pelos biocombustíveis são maiores do que calculávamos. Por isso devemos ser mais cuidadosos", declarou o comissário para o meio ambiente da UE, Stavros Dimas, à BBC. O funcionário acrescentou que nas directrizes da UE devem estar incluídos os temas sociais e ambientais já que existem alguns benefícios derivados da utilização de biocombustíveis. Vários relatórios têm advertido para o aumento dos preços dos alimentos e para a destruição das florestas em consequência do objectivo de utilizar estas terras para a produção de plantas destinadas ao fabrico de etanol.
Desde à alguns anos, os biocombustíveis têm sido vistos como a saída perfeita para os fabricantes de carros sob pressão para cortar as emissões de gases poluentes emitidos pelo uso da gasolina e do gasóleo. Ao invés de revolucionar os projectos de carros, eles poderiam reduzir a emissão de poluentes se os motoristas usassem mais combustíveis produzidos a partir de plantas, que teriam retirado CO2 da atmosfera durante seu crescimento. A União Europeia agarrou a ideia e estabeleceu suas metas de biocombustíveis.
Desde então, estudos advertiram que alguns tipos de biocombustíveis quase não cortam as emissões e que outros podem levar à destruição de florestas, elevar o preço dos alimentos ou levar empresas com dinheiro a expulsar comunidades pobres das suas terras para convertê-las para o cultivo de matérias primas para biocombustíveis. Dimas disse que é vital que as regras da União Europeia previnam a perda de biodiversidade, que ele descreveu como o outro grande problema para o planeta, ao lado do aquecimento global.
A nova posição tem consequências práticas
O comissário europeu para o meio ambiente, Stavros Dimas, disse à BBC que será melhor para a União Europeia não cumprir sua meta de elevar a 10% a proporção do uso de biocombustíveis em relação ao total de combustíveis do que correr o risco de prejudicar o ambiente. Segundo Dimas, a União Europeia não previu os potenciais problemas provocados pelo uso de biocombustíveis. Estudos recentes advertiram sobre os aumentos de preços de alimentos e a destruição de áreas de florestas em consequência da produção de biocombustíveis. A União Europeia prometeu novas directrizes para garantir que sua meta para o uso de biocombustíveis não é prejudicial.
Fonte: Prensa Latina (PL)/Aporrea, BBC (versão brasileira)
Labels: Agro-combustíveis
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