Friday, August 10, 2007

Nota: Em baixo reproduzo a notícia que continuam as manobras da Austrália promovendo um sequência de golpes de estado e golpes palacianos para derrubar a heróica e patriótica resistência timoresnse integrada no seu partido FRETILIN. Para isso têm sido especialmente úteis dois títeres governadores coloniais ao serviço da Austrália: Xanana e Ramos Horta. A anexação de Timor Leste por parte da Austrália continua (e especialmente do petróleo timorense), agora com uma flagrante violação da Constituição da República de Timor que se consuma em mais um golpe de estado a juntar aos vários perpretados pela aliança Imperialismo Militarista Australiano e seus representantes Xanana e Ramos Horta.

7 DE AGOSTO DE 2007
Fretilin denuncia golpe de Estado em Timor Leste

Com a nomeação do ex-presidente Xanana Gusmão para o cargo de ministro pelo atual presidente do país José Ramos Horta, abriu-se uma nova crise no país, enterrando o projeto em que se negociava a criação de um governo de unidade nacional com a Fretilin, partido que obteve a maioria dos votos na última eleição legislativa de 30 de junho e que, por isso, deveria indicar o primeiro-ministro.

O comunicado da Fretilin, publicado originalmente no site ODiário.info e que reproduzimos abaixo, demonstra de modo cristalino que no Timor Leste se consumou uma manobra anticonstitucional, cujo significado é golpe de Estado.

O presidente não somente recusou à Fretilin, o partido mais votado nas eleições, o direito de indicar o chefe do governo, como se opõe à indicação para o cargo de um independente. O desenvolvimento da crise é inseparável das pressões exercidas ela Austrália nos bastidores. O governo de Canberra atua no Timor-Leste como se o país fosse um protetorado.

Comissão Política Nacional da Fretilin — 7/8/2007

A Comissão Política Nacional da Fretilin, orgão político-executivo do partido, reuniu hoje em Dili 6 de agosto de 2007, decidiu tornar clara a posição da Fretilin face ao convite do presidente da república ao CNRT, o segundo partido mais votado, e os seus aliados para formar o governo.

A Fretilin sempre procurou interpretar racionalmente a mensagem do eleitorado logo depois do anúncio ou certificação formal feita pelo Tribunal de Recursos dos resultados eleitorais onde ficou evidente que ganhou as eleições. Deste modo a Fretilin avançou desde o início com a proposta de um governo de Grande Inclusão na linha defendida por S.E o Presidente da República.

A Fretilin, uma vez mais, fazendo leitura correta a mensagem vinda do eleitorado, apoiou sem equívocos a proposta do governo de Grande Inclusão do Presidente da República. Contudo, manteve a posição de que o PM deveria ser indigitado pela Fretilin, partido mais votado nas eleições parlamentares para ser em conformidade com os artigos 85 e 106 da Constituição da República Democrática de Timor-Leste.

Face a intransigência do CNRT e seus aliados e ainda no contexto do GGI, a Fretilin voltou novamente a propor ao PR a indicação de um independente para liderar o Governo. Contudo essa mesma proposta foi igualmente rejeitada pelo CNRT e seus aliados.

Perante tal realidade, a Fretilin considera que, para sermos fiéis aos artigos conjugados n.º 85 e 106, da Constituição da República Democrática de Timor Leste, o Presidente da República deve convidar a Fretilin para formar o governo e só na situação clara de rejeição do seu Programa pelo Parlamento Nacional, por duas vezes consecutivas, pode SE o PR convidar o Segundo Partido mais votado. Não sendo este o caso, a Fretilin considera a decisão do PR de convidar o CNRT e seus aliados para formar o governo, uma decisão contrária a Constituição da RDTL e politicamente desrespeitadora das expectativas do eleitorado timorense que iam no sentido de todos trabalharmos em conjunto para reestabelecer a estabilidade que tanto almejamos e reforçar o Estado de Direito Democrático.

Como consequência, a Fretilin declara que não cooperará com um Governo empossado à margem da Constituição mas, consciente das suas responsabilidades, tudo fará, ao seu alcance, para consciencializar todo o povo no sentido do mesmo poder combater por vias legais a usurpação do poder, contribuir para pôr fim a violência, restabelecer a Lei e a Ordem, restaurar a paz e a estabilidade.

A Fretilin multiplicar-se-á em ações legais no sentido de impor o respeito pela Constituição e pelas Leis da República Democrática de Timor-Leste e devolver ao povo a confiança no Sistema político no nosso país.

A Luta Continua!
Dili 6 de agosto de 2007
Francisco Guterres (LU OLO), Mari Bin Amude Alkatiri


Fonte: Diário Vermelho

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