26/08/2006
Depois da Venezuela, da Bolívia e do Equador...
Tchade nacionaliza duas empresas de petróleo
O governo vai assumir o controle de 60% das reservas de petróleo de Tchade que estavam nas mãos de duas companhias. O presidente de Tchade, Idriss Deby, ordenou, neste sábado (26/8), que as companhias petrolíferas americana Chevron-Texaco e a Petronas - abreviação de Petroliam Nasional Berhad (Petronas), empresa estatal com sede na Malásia - deixem o país. ''Tchade decidiu que, a partir de amanhã, a Chevron-Texaco e a Petronas devem abandonar o país, uma vez que as empresas se recusam a pagar seus impostos'', anunciou o presidente, em discurso transmitido pela rádio nacional.
Deby acrescentou que o governo vai assumir o controle de 60% das reservas de petróleo de Tchade que estavam nas mãos das duas companhias. As duas empresas integram um consórcio, liderado pela Exxon Mobil, para explorar o petróleo no país.
Em seu discurso, o presidente deu um prazo de 24 horas para que as empresas comecem a sair do país. O número de funcionários mantidos pelas empresas no país era desconhecido.
O presidente declarou que o país, que está no meio de um processo de criação de uma companhia nacional de petróleo, assumirá a responsabilidade pelos campos petrolíferos que as companhias americana e malaia estavam gerenciando. O porta-voz da Petronas, Sabri Syed, afirmou que não poderia comentar o assunto, enquanto a Chevron recomendou que os repórteres procurassem a Exxon Mobil.
A produção e exportação de petróleo de Tchade, um país africano vizinho da Líbia, Sudão e Nigéria, têm sido controladas pelo consórcio liderado pela Exxon Mobil, com sede no Texas. Pelo termo do acordo, a Exxon responde por 40% da produção, enquanto a Chevron e a Petronas detém, cada uma, 30% da produção.
De outubro de 2003 até dezembro de 2005, o consórcio exportou cerca de 133 milhões de barris de petróleo extraído de Tchade, de acordo com informações do Banco Mundial. Em um comunicado distribuído após o pronunciamento televisivo, o presidente de Tchade afirmou que a Petronas e a Chevron fizeram milhões, mas a parte que coube ao país foi, decididamente, menor do que o combinado.
''Em menos de três anos de exploração, o consórcio recebeu um benefício de US$ 5 bilhões para um investimento de US$ 3,5 bilhões, enquanto o nosso país recebeu apenas US$ 500 milhões, o que representa apenas 12,5%'', disse o presidente. ''Estamos convictos que as receitas oriundas dos nossos minérios e minerais devem servir para o desenvolvimento do nosso país e para a felicidade de nossa população'', declarou.
O projeto do oleoduto tem sido problemático para Tchade. Em janeiro, o Bando Mundial congelou US$ 125 milhões em receitas com petróleo e cortou US$ 124 milhões em ajuda financeira ao país, acusando o governo de não cumprir com a promessa de direcionar os recursos para os pobres. No mês passado, o governo fechou um acordo com o banco, no qual se comprometeu a direcionar 70% de seu orçamento para programas de desenvolvimento e de redução da pobreza. Mas o Banco Mundial também autorizou que 30% das receitas fossem para o Tesouro central de Tchade, em vez de apenas 15%.
A declaração de Deby foi dada um dia após o presidente ter convocado a população a ter uma participação mais ativa na produção de petróleo.
Da redação, com agências internacionais
Diário Vermelho
Depois da Venezuela, da Bolívia e do Equador...
Tchade nacionaliza duas empresas de petróleo
O governo vai assumir o controle de 60% das reservas de petróleo de Tchade que estavam nas mãos de duas companhias. O presidente de Tchade, Idriss Deby, ordenou, neste sábado (26/8), que as companhias petrolíferas americana Chevron-Texaco e a Petronas - abreviação de Petroliam Nasional Berhad (Petronas), empresa estatal com sede na Malásia - deixem o país. ''Tchade decidiu que, a partir de amanhã, a Chevron-Texaco e a Petronas devem abandonar o país, uma vez que as empresas se recusam a pagar seus impostos'', anunciou o presidente, em discurso transmitido pela rádio nacional.
Deby acrescentou que o governo vai assumir o controle de 60% das reservas de petróleo de Tchade que estavam nas mãos das duas companhias. As duas empresas integram um consórcio, liderado pela Exxon Mobil, para explorar o petróleo no país.
Em seu discurso, o presidente deu um prazo de 24 horas para que as empresas comecem a sair do país. O número de funcionários mantidos pelas empresas no país era desconhecido.
O presidente declarou que o país, que está no meio de um processo de criação de uma companhia nacional de petróleo, assumirá a responsabilidade pelos campos petrolíferos que as companhias americana e malaia estavam gerenciando. O porta-voz da Petronas, Sabri Syed, afirmou que não poderia comentar o assunto, enquanto a Chevron recomendou que os repórteres procurassem a Exxon Mobil.
A produção e exportação de petróleo de Tchade, um país africano vizinho da Líbia, Sudão e Nigéria, têm sido controladas pelo consórcio liderado pela Exxon Mobil, com sede no Texas. Pelo termo do acordo, a Exxon responde por 40% da produção, enquanto a Chevron e a Petronas detém, cada uma, 30% da produção.
De outubro de 2003 até dezembro de 2005, o consórcio exportou cerca de 133 milhões de barris de petróleo extraído de Tchade, de acordo com informações do Banco Mundial. Em um comunicado distribuído após o pronunciamento televisivo, o presidente de Tchade afirmou que a Petronas e a Chevron fizeram milhões, mas a parte que coube ao país foi, decididamente, menor do que o combinado.
''Em menos de três anos de exploração, o consórcio recebeu um benefício de US$ 5 bilhões para um investimento de US$ 3,5 bilhões, enquanto o nosso país recebeu apenas US$ 500 milhões, o que representa apenas 12,5%'', disse o presidente. ''Estamos convictos que as receitas oriundas dos nossos minérios e minerais devem servir para o desenvolvimento do nosso país e para a felicidade de nossa população'', declarou.
O projeto do oleoduto tem sido problemático para Tchade. Em janeiro, o Bando Mundial congelou US$ 125 milhões em receitas com petróleo e cortou US$ 124 milhões em ajuda financeira ao país, acusando o governo de não cumprir com a promessa de direcionar os recursos para os pobres. No mês passado, o governo fechou um acordo com o banco, no qual se comprometeu a direcionar 70% de seu orçamento para programas de desenvolvimento e de redução da pobreza. Mas o Banco Mundial também autorizou que 30% das receitas fossem para o Tesouro central de Tchade, em vez de apenas 15%.
A declaração de Deby foi dada um dia após o presidente ter convocado a população a ter uma participação mais ativa na produção de petróleo.
Da redação, com agências internacionais
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