Thursday, June 08, 2006

Renováveis

Director-geral de energia diz que central de Serpa é um "passo importante" para desenvolver o solar

06.06.2006 - 18h29 Lusa

A construção da maior central solar do mundo em Serpa constitui um "passo importante" para o desenvolvimento da energia solar e para o cumprimento das metas portuguesas para o renovável, defendeu hoje o director-geral de Energia.

"É claramente um primeiro passo importante para o desenvolvimento da energia solar e para o cumprimento da estratégia nacional, que reflecte o compromisso do Governo com as energias renováveis", defendeu Miguel Barreto.

O responsável falava em Brinches, no concelho alentejano de Serpa (Beja), durante a cerimónia que marcou o início simbólico da construção, naquela localidade, da Central Solar Fotovoltaica de Serpa, a maior do mundo.

A construção vai decorrer até Outubro deste ano, altura em que a central de Serpa deverá começar a produzir energia de forma experimental, para entrar em pleno funcionamento em Janeiro de 2007.

Com 52 mil painéis fotovoltaicos espalhados por 32 hectares, a Central Solar Fotovoltaica de Serpa vai ser a maior do mundo, com uma capacidade instalada de onze megawatts (MW), quase o dobro do que a actual maior central situada na Alemanha.

Sem custos de fuel ou emissões, a central vai produzir 20 gigawats/hora por ano, electricidade suficiente para alimentar oito mil habitações e poupar mais de 30 mil toneladas em emissões de gases de efeito de estufa em comparação com uma produção equivalente a partir de combustíveis fósseis.

Além da Catavento, a construção da central, num investimento total de cerca de 61 milhões de euros, envolve também a General Electrics (GE), financiadora do projecto e proprietária da central, e a Powerlight, empresa fornecedora mundial de sistemas de energia solar que vai operar e manter a central.

De acordo com Piero dal Maso, da Catavento, empresa portuguesa de energias renováveis que desenvolveu o projecto e vai gerir a central, o parque solar de Serpa "só existe porque foram criadas as condições favoráveis a este tipo de projectos, quando, em 2001, o Governo publicou o tarifário das energias renováveis".

"É com base na tarifa de cerca de 0,31 euros por kilowatt/hora (kWh) que este projecto é viável e vai vender energia à rede eléctrica nacional, durante os próximos 15 anos", precisou.

Mário Armero, presidente da GE Portugal e Espanha, explicou que a central solar de Serpa reflecte a "aposta" da empresa nas energias renováveis e marca o "ponto de partida" de vários investimentos previstos para Portugal neste sector.

"Portugal merece esta central", salientou Mário Armero, elogiando a política energética de Portugal, que considerou estar "claramente à frente da vizinha Espanha".

"Muitos países falam de energias renováveis, mas poucos legislam", lamentou, defendendo não ser este o caso de Portugal, que, disse, "tem criado condições para o desenvolvimento de projectos rentáveis no âmbito das energias renováveis".

A Central Solar Fotovoltaica de Serpa, a primeira grande instalação do género a entrar em produção em Portugal, será a maior do mundo até à efectiva entrada em funcionamento, em Dezembro de 2007, da central fotovoltaica projectada para o concelho vizinho de Moura.

Fonte: Público

2 Comments:

Blogger Capitão said...

Caro afrancesado

Estás me a perguntar um cálculo muito complicado, sobre números que eu não tenho sobre esta central de energia solar.

Mas acho que as dúvidas que estás a por sobre este investimento nem precisavam de ir muito longe.

Basta saber que se trata de uma potencia 11 MW de um total de energia solar em construção e planificação de 120 MW.

Ora 120 MegaWatts é uma ninharia. Na energia éolica Portual tem uma potência em desenvolvimento na ordem dos 3000 MW e mesmo assim ainda não chega ainda está longe de ser muito significativo, talvez chegue aos 20% da electricidade em 2010.

3:51 AM  
Blogger Capitão said...

Se a energia é eolica representava 1% de toda e electricidade mundial em 2005, a energia solar seia 0,1 no máximo.

Falamos de ninharias. Quantidades muito pequenas. Se a energia eolíca dubplicar ou triplicar até 2010, ainda será apenas 2 ou 3% da electricidade mundial. Muito pouco. Então a energia solar nem se fala.

Em Portugal a energia éolica representava 6% da electriciade em 2004, entretanto já duplicou e vai duplicar mais uma vez até 2010, é possível que supere os 20% da electriciade em Portugal.

Não é mau, mas para competir com os combustíveis líquidos fora da electricidade ainda vai muito longe.

4:03 AM  

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