Sunday, August 26, 2007

24 DE AGOSTO DE 2007
460 mil combatem a resistência no Iraque

A ocupação americana do Iraque, que já dura 53 meses, tem tido cada vez maior oposição da opinião pública americana e dentro do parlamento dos EUA. Os números da ocupação são eloqüentes e demonstram o gigantesco atoleiro em que a administração americana se meteu, após o plano de ocupar e domesticar o país ter fracassado em agosto de 2003.

Fonte: 'Los Angeles Times', com Dep. de Estado e Pentágono

O oposicionista Tom Engelhardt, historiador e professor de jornalismo, em artigo publicado em seu blog, o TomDispatch, revela números estarrecedores da ocupação. Muitas vezes esquecidos pela mídia, eles falam por si só como o Iraque foi devastado e como os ocupantes — e seus mercenários — estão sendo batidos pela resistência iraquiana.

Compara a atual escalada militar americana à da Guerra do Vietnã, na qual, em um dado momento da Guerra, havia 500 mil militares americanos combatendo — e perdendo — no país asiático.

A escalada militar no Vietnã, pontificada por campanhas de bombardeios, incursões, fogo de artilharia, ''só produziu mais milhares de vítimas entre os vietnamitas e mais descrédito e desastres para as forças americanas'', diz.

Engelhardt comenta também estudo da historiadora americana Marilyn Young sobre as similitudes do que se falava em abril de 2003 na mídia americana. ''Em menos de duas semanas reapareceu um vocabulário sepultado há 30 anos: falta de credibilidade, busca e destruição, dificuldade de distiguir amigo de inimigo, interferência civil em assuntos militares, dominação da política local, ganhar, ou perder, os corações e mentes''.

Sob o título de ''Escalada no Iraque em números'', descobrimos as disparidades da ocupação. A quantidade de militares destacados para lutar contra a resistência é assustadora: São 460 mil militares, entre soldados regulares, forças de segurança e mercenários. Segundo o TomDispatch, são 162 mil militares americanos, 180 mil mercenários — dos quais 21 mil americanos — e 118 mil forças de segurança iraquianas.

Todo esse contingente é pago pelos contribuintes americanos. Dos mercenários, não estão incluídos nos números os ''terceirizados contratados que são seguranças pessoais de funcionários e edifícios governamentais''. As cifras foram obtidas pelo jornal Los Angeles Times e são provenientes do Departamento de Estado e do Pentágono.

Engelhardt compara o número de mercenários contratados nas guerras anteriores. ''Na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coréia eles representavam entre 3% e 5%, segundo o testemunho ao Congresso do advogado de Direitos Humanos Scott Horton. No Vietnã e na Primeira Guerra do Golfo, essa cifra chegou a 10%. Agora não é menor que 50%''.

Os americanos também pagam somas elevadíssimas para os mercenários. Segundo Jeremy Scahill, autor do livro ''Blackwater, The Rise of the World's Most Powerful Mercenary Army'', o salário típico de um soldado mercenário, que já pertenceu ao exército americano, é de US$ 650 diários, podendo em certos casos chegar a US$ 1.000.

O custo mensal das ocupações, tanto do Iraque quanto do Afeganistão, é também outro tema abordado no artigo de Engelhardt. ''Segundo o Serviço Apartidário de Estudos Legislativos do Congresso, os valores chegam a US$ 12 bilhões, sendo US$ 10 bilhões gastos apenas no Iraque''.

O estudo de Engelhardt também avalia os danos inflingidos à população civil. Nos dias de hoje, um caixão custa para um iraquiano entre 50 e 75 dólares, enquanto nos tempos de Saddam Hussein os caixões eram vendidos entre 5 e 10 dólares.

A produção de eletricidade, que no governo de Hussein oscilava entre 8.000 e 10.000 megavats, hoje raramente chega a 4.000 megavats. O número de médicos que deixaram o país desde 2003 é de 12 mil, dos 34 mil registrados no país, de acordo com a Associação Médica do Iraque. Relatórios e reportagens afirmam que 2 mil médicos foram assassinados nos anos da ocupação.

A renda per capita também sofreu as conseqüências da ocupação. Em 1980 era de US$ 3.600 anuais. Em 2001, após uma década de sanções da ONU, era de US$ 800. No fim de 2003 bateu nos US$ 530 e agora, de acordo com Pepe Escobar, correspondente do Asia Times, mal chega a US$ 400. O desemprego no Iraque é de 60% da sua população economicamente ativa.

O número de iraquianos mortos em julho deste ano, segundo números compilados pelos ministérios iraquianos da Saúde, da Defesa e do Interior, é de 1.652 pessoas, enquanto a conta da agência de notícias Associated Press indica 2.024 mortes. O jornal Washington Post afirma que morreram 1.054 iraquianos. ''É seguro afirmar que esses números estão consideravelmente abaixo dos números reais'', diz Engelhardt.

A estimativa do número de mortos durante a invasão e ocupação é estarrecedora. Mais de um milhão de iraquianos pereceram, de março de 2003 a junho de 2007, considerando verdadeira a estimativa de 650 mil vítimas feita pela revista médica britânica The Lancet, e considerando a taxa de mortes desde então. O estudo feito pela The Lancet é o único considerado científico até o momento, sendo até reconhecido pelo governo britânico como ''confiável'' no ano passado.

A mídia não revela, mas não são somente os esquadrões da morte que atualmente causam sofrimento aos iraquianos. Os ocupantes americanos continuam firmes na sua senda de morte e destruição. A quantidade de civis iraquianos mortos ou feridos em incidentes com tropas americanas no ano de 2006 foi de 429 pessoas. Esse número não considera os mortos em ações militares como ''incursões'' em casas ou em meio a batalhas, e é considerado incompleto, já que um número incomensurável de mortos é omitido pelas unidades militares americanas.

Da redação, com informações do TomDispatch (http://www.tomdispatch.com/)
Fonte: Diário Vermelho

Monday, August 13, 2007

30 DE JULHO DE 2007
Estudo afirma que petróleo mexicano acaba em 7 anos

As reservas mexicanas de petróleo se esgotarão em sete anos caso seja mantido o ritmo atual de exploração. O prognóstico é da empresa estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), em um relatório entregue na última semana na Bolsa de Valores dos Estados Unidos.

O documento, citado pelo jornal mexicano El Universal, defende que mesmo com investimentos em novas jazidas, estas demorariam entre 6 e 8 anos para "amadurecer". A conclusão do relatório é que o México terá que importar petróleo para satisfazer sua demanda interna dentro de poucos anos.

O México possui uma produção anual de 1,3 bilhões de barris, segundo dados oficiais, e uma reserva nas jazidas em exploração de cerca de 9 bilhões. Segundo especulou o relatório, as jazidas "não desenvolvidas" teriam outros 4 bilhões de reserva, o que daria um respiro de mais dois ou três anos.

Os cálculos sobre as novas reservas foram feitos com o apoio de três empresas internacionais contratadas pela Pemex: Netherland Sewel International, Ryder Scott Company e DeGolyer MacNaughton.

México caiu oito posições na classificação mundial dos produtores, passando do 9º lugar em 2002 ao 17º lugar em 2007. Entre os países que ultrapassaram a produção mexicana estão China, Catar, Argélia e Brasil.

Fonte: Diário Vermelho

Friday, August 10, 2007

Nota: Em baixo reproduzo a notícia que continuam as manobras da Austrália promovendo um sequência de golpes de estado e golpes palacianos para derrubar a heróica e patriótica resistência timoresnse integrada no seu partido FRETILIN. Para isso têm sido especialmente úteis dois títeres governadores coloniais ao serviço da Austrália: Xanana e Ramos Horta. A anexação de Timor Leste por parte da Austrália continua (e especialmente do petróleo timorense), agora com uma flagrante violação da Constituição da República de Timor que se consuma em mais um golpe de estado a juntar aos vários perpretados pela aliança Imperialismo Militarista Australiano e seus representantes Xanana e Ramos Horta.

7 DE AGOSTO DE 2007
Fretilin denuncia golpe de Estado em Timor Leste

Com a nomeação do ex-presidente Xanana Gusmão para o cargo de ministro pelo atual presidente do país José Ramos Horta, abriu-se uma nova crise no país, enterrando o projeto em que se negociava a criação de um governo de unidade nacional com a Fretilin, partido que obteve a maioria dos votos na última eleição legislativa de 30 de junho e que, por isso, deveria indicar o primeiro-ministro.

O comunicado da Fretilin, publicado originalmente no site ODiário.info e que reproduzimos abaixo, demonstra de modo cristalino que no Timor Leste se consumou uma manobra anticonstitucional, cujo significado é golpe de Estado.

O presidente não somente recusou à Fretilin, o partido mais votado nas eleições, o direito de indicar o chefe do governo, como se opõe à indicação para o cargo de um independente. O desenvolvimento da crise é inseparável das pressões exercidas ela Austrália nos bastidores. O governo de Canberra atua no Timor-Leste como se o país fosse um protetorado.

Comissão Política Nacional da Fretilin — 7/8/2007

A Comissão Política Nacional da Fretilin, orgão político-executivo do partido, reuniu hoje em Dili 6 de agosto de 2007, decidiu tornar clara a posição da Fretilin face ao convite do presidente da república ao CNRT, o segundo partido mais votado, e os seus aliados para formar o governo.

A Fretilin sempre procurou interpretar racionalmente a mensagem do eleitorado logo depois do anúncio ou certificação formal feita pelo Tribunal de Recursos dos resultados eleitorais onde ficou evidente que ganhou as eleições. Deste modo a Fretilin avançou desde o início com a proposta de um governo de Grande Inclusão na linha defendida por S.E o Presidente da República.

A Fretilin, uma vez mais, fazendo leitura correta a mensagem vinda do eleitorado, apoiou sem equívocos a proposta do governo de Grande Inclusão do Presidente da República. Contudo, manteve a posição de que o PM deveria ser indigitado pela Fretilin, partido mais votado nas eleições parlamentares para ser em conformidade com os artigos 85 e 106 da Constituição da República Democrática de Timor-Leste.

Face a intransigência do CNRT e seus aliados e ainda no contexto do GGI, a Fretilin voltou novamente a propor ao PR a indicação de um independente para liderar o Governo. Contudo essa mesma proposta foi igualmente rejeitada pelo CNRT e seus aliados.

Perante tal realidade, a Fretilin considera que, para sermos fiéis aos artigos conjugados n.º 85 e 106, da Constituição da República Democrática de Timor Leste, o Presidente da República deve convidar a Fretilin para formar o governo e só na situação clara de rejeição do seu Programa pelo Parlamento Nacional, por duas vezes consecutivas, pode SE o PR convidar o Segundo Partido mais votado. Não sendo este o caso, a Fretilin considera a decisão do PR de convidar o CNRT e seus aliados para formar o governo, uma decisão contrária a Constituição da RDTL e politicamente desrespeitadora das expectativas do eleitorado timorense que iam no sentido de todos trabalharmos em conjunto para reestabelecer a estabilidade que tanto almejamos e reforçar o Estado de Direito Democrático.

Como consequência, a Fretilin declara que não cooperará com um Governo empossado à margem da Constituição mas, consciente das suas responsabilidades, tudo fará, ao seu alcance, para consciencializar todo o povo no sentido do mesmo poder combater por vias legais a usurpação do poder, contribuir para pôr fim a violência, restabelecer a Lei e a Ordem, restaurar a paz e a estabilidade.

A Fretilin multiplicar-se-á em ações legais no sentido de impor o respeito pela Constituição e pelas Leis da República Democrática de Timor-Leste e devolver ao povo a confiança no Sistema político no nosso país.

A Luta Continua!
Dili 6 de agosto de 2007
Francisco Guterres (LU OLO), Mari Bin Amude Alkatiri


Fonte: Diário Vermelho
Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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